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A rápida subida dos preços das casas nos últimos anos pode levar ao colapso dos mercados imobiliários e a uma descida abrupta dos preços, nos próximos três anos.
O alerta é do Fundo Monetário Internacional, no capítulo “Riscos negativos para os preços da habitação”, incluído no relatório semestral sobre a estabilidade financeira global, publicado esta quinta-feira.
A instituição liderada por Christine Lagarde avisa que a sobrevalorização dos imóveis e o aumento excessivo dos créditos concedidos podem vir a prejudicar a banca e, consequentemente, a economia mundial, como no passado, na crise financeira de 2008.
Para evitar este cenário, a instituição acredita que as políticas macroprudenciais e as políticas monetárias poderão ter um papel fundamental.
“Um aperto nas políticas macroprudenciais está associado a uma redução dos riscos negativos sobre os preços das casas”, escreve a instituição, que sublinha que isto se aplica sobretudo a políticas destinadas a reforçar a resiliência dos mutuários (aqueles que pedem o empréstimo), nomeadamente através do aumento da taxa de esforço (rácio entre o montante da prestação mensal e o rendimento do cliente) e dos limites máximos do rácio entre o montante do empréstimo e o valor do imóvel dado como garantia.
Portugal não é referido
neste relatório, mas as notícias sobre a rápida subida dos preços no setor são
conhecidas.
No ano passado, o FMI já tinha alertado para o risco de sinais de desequilíbrios revelantes no setor imobiliário,
em Portugal.
“Portugal não está à beira de uma bolha, mas de uma explosão”
A Associação Nacional das Empresas de Mediação Imobiliária não esconde a existência de alguns riscos no sector. Ouvido pela Renascença a partir do Brasil, onde se encontra a tentar encontrar investidores que apostem em habitação para a classe média, o seu presidente Luís Lima diz que esses riscos decorrem da escalada de preços das casas nos grandes centros urbanos.
Mais pessimista, o presidente da Associação Nacional de Proprietários afirma que se está a caminhar para um cenário insustentável.
“Portugal não está à beira de uma bolha. Portugal está à beira de uma explosão. E tal como estamos a pagar os prejuízos de operações que nunca deviam ter sido feitas pelos bancos, é evidente que na altura vamos ser convocados para pagar este tipo de prejuízos”, considera António Frias Marques.
O representante dos proprietários diz que Portugal é um paraíso para especuladores e pede a criação de barreiras que possam enfrentar aquilo de chama de “grandes interesses internacionais”.
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