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O Governo injetou mais 343 milhões de euros na TAP, revelou esta terça-feira o Ministério das Infraestruturas e Habitação.
O gabinete do ministro Miguel Pinto Luz garante, em comunicado, que esta foi a última entrada de capital na companhia aérea.
O Governo dá como concluídas as operações essenciais da reestruturação da TAP, com vista à reprivatização da companhia aérea.
Neste âmbito, a empresa adquiriu a totalidade da “holding” TAP SGPS na Portugália, UCS – Cuidados Integrados de Saúde e na Cateringpor, esta última operação está ainda pendente de aprovação do Tribunal de Contas.
A Cateringpor era um dos negócios a alienar no âmbito do plano de reestruturação, bem como a Groundforce, sendo que no ano passado a Menzies Aviation já concluiu a compra de 50,1% da empresa de ‘handling’ (assistência nos aeroportos).
O Governo garantiu que a reprivatização da TAP arranca em 2025, com a intenção de vender 100% do capital, tentar reaver parte do dinheiro que o Estado injetou na recuperação da companhia e manter o ‘hub’ de Lisboa.
A TAP foi privatizada pelo governo PSD/CDS-PP liderado por Pedro Passos Coelho, com o processo a ser concluído em 12 de novembro de 2015, dois dias depois da aprovação de uma moção de rejeição ao programa do executivo.
O consórcio Atlântico Gateway – composto pelos acionistas David Neeleman e o empresário português Humberto Pedrosa – venceu aquele processo de venda, mas a operação foi parcialmente revertida pelo governo PS liderado por António Costa, apoiado no parlamento pelo PCP, Bloco de Esquerda e Os Verdes.
Em 2020, a TAP voltou à esfera do Estado, na sequência do auxílio prestado devido aos problemas causados pela pandemia de covid-19.
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