//​Corte no IRS vai custar 1.100 milhões aos cofres do Estado

​Corte no IRS vai custar 1.100 milhões aos cofres do Estado

A descida do IRS vai custar 1.100 milhões de euros entre 2024 e 2025, mais do dobro dos 463 milhões inicialmente previstos, segundo as estimativas do Governo.

Fonte governamental explica à Renascença que a diferença se prende com as medidas mais abrangentes, aprovadas pelo Parlamento, entre as quais, a atualização da dedução específica, a subida do mínimo de existência ou da dedução com a renda da casa.

No conjunto, adianta a mesma fonte, a agregação destas medidas fez disparar a fatura em 138% face à previsão inicial do executivo, de 463 milhões de euros.

Em declarações à Renascença, Diana Ramos, diretora do Jornal de Negócios, não se mostra surpreendida com estas contas, devido ao efeito combinado de várias medidas fiscais aprovadas pela oposição na Assembleia da República.

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“Quando o Governo fez a sua estimativa, fez apenas com base naquela alteração aos escalões de IRS – a proposta do PS que acabou por ser viabilizada, e que previa que houvesse uma alteração dos escalões de IRS até ao 6.º escalão. O que muda aqui? É que além desta alteração aos escalões de IRS, entram também nestas contas – nos tais 1.100 milhões de euros – uma série de efeitos financeiros de outros diplomas que também foram aprovados.”

O economista e presidente do ISEG, João Duque, admite que o corte no IRS vai ter um “grande impacto” nas contas públicas, mas aparentemente o “Governo está satisfeito com a execução orçamental”.

“Aparentemente, a receita está a correr bem, o ano está a dar um crescimento real que não é nada do outro mundo, mas que, apesar de tudo, vai alimentando a economia, as Finanças… não estamos a ter um problema de desemprego”, sublinha João Duque, em declarações à Renascença.

O Governo divulgou esta segunda-feira as novas tabelas de retenção na fonte, que vão reduzir o imposto mensal pago por trabalhadores e pensionistas. Um alívio que vai ter um impacto maior nos meses de setembro e outubro, meses em que os descontos para o IRS são menores e nos casos em que os rendimentos não ultrapassam 1.175 euros brutos serão de zero euros.

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