O primeiro-ministro, António Costa, disse, esta sexta-feira, que só o investimento agora realizado pelo seu Governo na Transtejo, na ordem dos 89 milhões de euros, supera todos os que foram feitos pelo anterior executivo PSD/CDS-PP nos transportes públicos.
António Costa falava no Cais do Sodré, no final da cerimónia de lançamento do concurso internacional para a aquisição, até 2024, de dez novos navios da Transtejo e Soflusa – embarcações que vão reforçar as ligações fluviais entre Lisboa, Cacilhas, Seixal e Montijo.
“Só neste concurso está previsto um investimento superior a todo o investimento que foi feito na legislatura anterior em todos os sistemas de transportes públicos. Não é só na Soflusa e na Transtejo, mas na Carris, no metro, na Carris, nos STCP e na Refer”, declarou o líder do executivo.
Numa nova alusão ao período de assistência financeira de Portugal, entre 2011 e 2014, António Costa considerou que o investimento nos transportes urbanos demonstra que o país “está a recuperar das feridas que foram abertas pela crise”.
“Até hoje, o esforço de investimento já representou 260 milhões de euros. Cada euro que gastamos tem de possuir duas finalidades: Recuperar das feridas da crise e preparação para o futuro”, advogou.
Após intervenções do ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, dos presidentes das câmaras de Lisboa e de Almada, respetivamente Fernando Medina e Inês de Medeiros, e da presidente da Transtejo e Soflusa, Marina Ferreira, António Costa defendeu que o seu Governo apostou “num sistema em que cronicamente não se investia”.
Além da questão da mobilidade das populações das áreas metropolitanas e suas consequências económicas e sociais, o primeiro-ministro referiu-se também ao desafio da “mitigação das alterações climáticas”.
“Se queremos vencer os desafios das alterações climáticas, temos de investir na descarbonização da sociedade. Alterar o paradigma da mobilidade não é só mudar do diesel para o elétrico, mas também do transporte individual para o coletivo. O transporte coletivo não pode ser a fatalidade de quem não tem recursos”, sustentou o primeiro-ministro.
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