O endividamento da economia aumentou 3,4 mil milhões de euros em maio deste ano para os 729,6 mil milhões de euros. São dados divulgados pelo Banco de Portugal esta quinta-feira.
“Em maio de 2019, o endividamento do setor não financeiro situava-se em 729,6 mil milhões de euros, dos quais 328,5 mil milhões de euros respeitavam ao setor público e 401,1 mil milhões de euros ao setor privado”, revela o relatório do banco central. De acordo com o documento, a maior parte deste aumento deve-se ao setor público cujo endividamento cresceu 2,5 mil milhões de euros em maio.
Os números representam um sinal de alerta, diz à Renascença o economista João Cerejeira.
“É uma situação que seria bom corrigir. Isto é um sinal de alerta, nomeadamente para o próximo Governo que tomará funções ainda este ano”, diz.
Nestas declarações à Renascença, Cerejeira lembra o histórico recente da trajetória da economia portuguesa, destacando as cíclicas necessidades de ajuda externa.
“A economia portuguesa nas décadas passadas teve sempre uma intervenção do FMI, e na última foi da ‘troika’, após um período longo de manutenção de défices com o exterior e de aumento muito grande do endividamento”, recorda, admitindo que Portugal pode “cair num processo semelhante”.
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