Paul Polman diz que o “net positive” é alcançado “quando as empresas assumem todos os impactos e consequências no mundo, pretendidos ou não. Não é fazerem outsourcing da cadeia de valor, sabem que não podem passar a outros as responsabilidades, têm de assumir o impacto total”.
São ainda empresas que “trabalham para benefício dos negócios e da sociedade, a longo prazo, e estão a criar um retorno positivo para todos, não apenas os acionistas. O retorno acionista não é um objetivo em si.”
Estas empresas entendem também que as questões que hoje enfrentamos, como a pobreza, a mudança climática, a desigualdade e os plásticos nos oceanos, “são questões tão grandes que nenhuma empresa as pode resolver sozinha, por isso formam parcerias mais amplas para conseguirem mais mudanças de transição”.
“Esta é também uma enorme oportunidade económica”, garante Polman. “As empresas que se posicionam neste futuro mais verde, mais inclusivo e mais equitativo têm maior probabilidade de serem mais lucrativas e, a longo prazo, proporcionarem mais retorno aos stakeholders, incluindo os acionistas”.
Uma empresa “net positive” é aquela que “melhora o bem-estar de todos os que sofrem com o seu impacto e em todas as escalas – cada produto, cada operação, cada região e país, e para todos as partes interessadas, incluindo empregados, fornecedores, comunidades, clientes, sem esquecer as gerações futuras e o próprio planeta”.
Para quem achar que não é possível, os autores garantem que já está a ser feito, por várias marcas em diferentes áreas. Uma década antes do livro, já traduzido em 14 línguas e que é considerado a bíblia do novo conceito empresarial, Polman e Winston apresentaram a nova premissa a várias empresas, num manifesto organizado por 12 princípios, que acabou por ser subscrito por muitos grupos (Capgemini, Dell, Ikea e Pepsico, entre outros).
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