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O secretário de Estados dos Assuntos Fiscais promete para 2021 uma “grande baixa de impostos” para os rendimentos médios. António Mendonça Mendes fez o anúncio no debate do orçamento do Estado que prossegue no Parlamento.
Em resposta aos deputados do Bloco de Esquerda e do PCP, o governante comprometeu-se, por exemplo, a olhar para os escalões do IRS.
“Para o ano, com este caminho orçamental prudente que alguns querem arrepiar, mas que nós não o faremos, nós conseguiremos fazer no próximo ano uma grande baixa de impostos, em particular para os rendimentos médios”, garantiu.
”Nessa dimensão e nessa altura, olharemos para os escalões, para as deduções específicas e parta todas as outas questões”, acrescentou.
O governante aproveitou a oportunidade para enumerar várias medidas levadas a cabo pelo executivo. “Nós eliminámos a sobretaxa, nós alterámos o coeficiente familiar e nós fizemos uma grande reforma dos escalões em 2018, que permite termos hoje mais 200 mil pessoas a beneficiarem do mínimo de existência, que permite que as famílias portuguesas paguem menos de 1000 milhões de euros de impostos”, acrescentou.
António Mendonça Mendes recusou ainda que o Orçamento do Estado em discussão aumente a carga fiscal. O deputado do PSD, Duarte Pacheco, contestou essa garantia.
“O Imposto de Selo não é agravado? Desminta, se eu não estiver a dizer a verdade. O Imposto sobre os Combustíveis como é que está? O Imposto sobre o Alojamento Local não é agravado? Para si só há um imposto: o IRS”, argumenta.
Duarte Pacheco acusou ainda o governante de mudar de visão de acordo com o que lhe é mais favorável: “o conceito de carga fiscal varia conforme o dia e os impostos que os senhores aumentam.”
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