//​Imobiliárias querem retomar visitas. Setor está praticamente parado

​Imobiliárias querem retomar visitas. Setor está praticamente parado

As empresas imobiliárias querem retomar visitas. Sem visitas presenciais, o setor está praticamente parado.

O apelo consta de uma carta aberta, com três mil assinaturas, dirigida ao Presidente da República, ao primeiro-ministro e ao ministro da Economia.

Em entrevista à Renascença, o presidente da Associação Portuguesa de Empresas de Mediação Imobiliária (APEMIP), Luí Lima, revela que, “se no ano passado era possível fazer algum negócio com as visitas virtuais”, com investidores estrangeiros, “agora, é quase impossível, uma vez que, com o país fechado, o setor trabalha quase em exclusivo para o mercado interno”.

Luís Lima sublinha que a compra de casa é um investimento “de uma vida” para muitas famílias portuguesas e que estas não avançam para o negócio se não puderem visitar as habitações que poderão adquirir.

A APEMIP garante que o setor é capaz de cumprir todas as regras sanitárias nas visitas. Por enquanto, o mercado está praticamente parado, nestes dias de confinamento. Luís Lima faz as contas e diz que “1% a 2% das empresas anda faz algum negócio, mas, principalmente nas empresas mais pequenas, a paragem é praticamente total”. Sem visitas não conseguem fazer vender.

O responsável da APEMIP lembra o peso do setor imobiliário para a economia nacional e pede mais atenção por parte dos responsáveis políticos.

Quanto ao momento do mercado, Luís Lima revela que o preço das habitações de segmentos mais altos já sofreu um ligeiro ajuste “para o seu real valor”. Mas o mercado continua a sentir escassez de casas de segmentos mais económicos, quer para aquisição, quer para arrendamento, pelo que “dificilmente os preços irão baixar” nos próximos tempos.

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