A partir desta terça-feira, cada consumidor pode acumular o IVA pago em serviços de restauração, alojamento e cultura nos meses de junho, julho e agosto para depois gastar esse valor em outubro, novembro e dezembro.
O saldo pode ser descontado em compras, até um máximo de 50% em cada estabelecimento aderente. O que quer dizer que será necessário realizar mais do que uma despesa, para gastar todo o benefício acumulado.
É o programa IVAucher, a medida que vai vigorar durante 12 semanas, mas, para já, parece passar ao lado de muitos portugueses.
A resposta mais comum ouvida esta manhã pela reportagem da Renascença foi: “Já ouvi vagamente falar do assunto, mas não sei grandes pormenores”. Ou “vi num oráculo da televisão, mas não tomei mais atenção ao assunto”. Alguns, como Ana Cristina, sabem parte dos pormenores. “Não percebo exatamente o que era. Eu penso que terá a ver com férias. Desconto de vouchers em férias, será?” Pelo menos, nos vouchers acertou.
Maria do Rosário soube explicar como os conseguir. “É preciso pedir faturas para depois ter direito a vales ou alguma coisa assim, não é?”. É, quase. “É uma forma do governo ganhar impostos”. E não será também uma forma de ajudar os setores que foram afetados pela pandemia? Maria do Rosário, brasileira, acredita que sim, mas como diz, “o problema é a caixa 2”. A economia paralela.
Por isso mesmo, António Manuel pede sempre fatura e considera que “todos os portugueses deviam pedi-la”. Nuno Porto concorda, e quanto ao programa, sabe que se trata da “devolução de parte do IVA das despesas feitas com alimentação e hotelaria, que depois é devolvido entre outubro e dezembro”. Para o comércio local, sublinha, é capaz de ser uma boa ideia. Admitindo, contudo, que “poderia eventualmente existir uma medida mais adequada”, sem indicar qual.
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