//​Marques Mendes. “Antes turismo a mais do que a menos”

​Marques Mendes. “Antes turismo a mais do que a menos”

Luís Marques Mendes está satisfeito com o aumento do turismo em Portugal e com o impacto que tem no crescimento da economia do país, do emprego e desenvolvimento dos territórios.

Não é sorte, frisou o comentador que esta quarta-feira proferiu uma palestra no Fórum de Turismo Interno “Vê Portugal”, que decorre em Castelo Branco.

Para Marques Mendes, tem a ver com lucidez, profissionalismo e visão estratégica. Por isso, diz, “em equipa que ganha não se mexe”.

“Antes turismo a mais do que a menos, o esforço que foi feito nos últimos anos é muito importante, é muito positivo”. Foi assim que Luís Marques Mendes iniciou esta tarde a palestra sobre “O Binómio: Portugal para viver, Portugal para trabalhar”, no Fórum de Turismo Interno “Vê Portugal”, justificando com os números: vale 9% do PIB nacional, é o maior sector exportador e representa 25% do total das exportações, garante 10% do emprego; gera diariamente cerca de 28 milhões de euros de receita turística.

“Só nos podemos orgulhar desta mudança e dos resultados. Não é efeito da sorte, mas esta mudança que é mérito de todos e de ninguém em particular, teve a ver com lucidez, profissionalismo e sobretudo, grande visão estratégica”.

E o comentador aponta quatro razões fundamentais para o sucesso, que têm sido seguidas e que, na sua opinião, devem ser aprofundadas: em primeiro lugar, reforço da boa imagem do país no exterior, sobretudo em hospitalidade, credibilidade e segurança. “O turista gosta de visitar um país hospitaleiro, credível e seguro”.

Depois, é preciso potenciar os grandes ativos estratégicos que Portugal tem: clima, gastronomia, história, cultura, património, animação turística. Assente na boa qualificação e formação de recursos humanos e com a promoção de todos os destinos estratégicos, sem esquecer os nichos de mercado a nível local.

A terceira razão de sucesso apontada por Marques Mendes visa a aposta na iniciativa privada, “sem complexos nem preconceitos. O que pedimos ao Estado é que não estorve, sobretudo em duas áreas: burocracia e carga fiscal.

Por último, elogia a aposta na imprensa internacional e no marketing digital. E por isso, defende que “em equipa que ganha, não se mexe. Esta estratégia pode ser melhorada, aprofundada e desenvolvida, mas não deve ser revertida”.

No entanto, recomenda atenção ao que se passa à nossa volta: “não vivemos numa ilha e o mundo está incerto, instável e perigoso”.

Para Marques Mendes, o grande desafio de Portugal nos próximos anos continua a ser o crescimento. “Apesar de estarmos a crescer acima da média europeia, isso acontece porque os grandes países estão a crescer pouco. Pelo contrário, “os do nosso campeonato” estão a crescer mais do que Portugal”.

Mas, em conclusão, Marques Mendes considera que é preciso ter uma atitude de prudência em relação ao que se passa pelo mundo fora, confiança relativamente ao nosso país, de entusiasmo pelo que aconteceu na área do turismo e uma mensagem de realismo otimista em relação ao futuro.

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