Não é habitual. Na apresentação europeia do novo modelo CX-60 2.5 PHEV, realizada na Alemanha, o representante da Mazda em Portugal recusou perante uma plateia de jornalistas nacionais apresentar uma estimativa de vendas. Luís Morais sabe que o mercado dos SUVs continua a crescer no mercado automóvel, cujas vendas estão em queda. Mas nem assim se atreveu a fazer uma previsão.
E a razão – que não é nova para a Mazda, que já teve de “transformar” modelos para se adaptarem ao mercado português – volta a ter de ver com a taxação por classes nas portagens.
O Mazda CX-60, que a Renascença foi testar em Leverkusen, na Alemanha, é um Plug-in com capacidade 4×4.
A legislação favorece veículos “plug-in”, tal como os restantes elétricos, porque são amigos do ambiente, mas como o CX-60 tem tração às quatro rodas é penalizado e recebe o rótulo Classe 2 em matéria de portagens.
A atual legislação remete para o artigo 71/2018 de 5 de setembro, que estabelece que “a exigência da não apresentação de tração às quatro rodas permanente ou inserível aplica-se à tração mecânica, não sendo considerados para tal efeito os eixos que apresentem tração elétrica”.
E é justamente aqui que este modelo, como outros à venda no mercado português, acaba por ser penalizado, porque não sendo Classe 1 – nem através da Via Verde – poderá limitar as vendas. O cliente poderá recuar na compra perante o pagamento de portagens de Classe 2, que é superior ao pagamento de passagens em Classe 1.
Esta é uma matéria que poderá dar pano para mangas, muito em breve.
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