//​Ouro e prata voltam a atingir novos máximos. Porquê?

​Ouro e prata voltam a atingir novos máximos. Porquê?

Ouro e prata voltaram esta quarta-feira a fixar novos máximos. Os metais preciosos têm sido um investimento de refúgio para todos os tipos de investidores, desde os pequenos até aos bancos centrais, explica à Renascença João Queiroz, responsável pela negociação no Banco Carregosa.

Esta quarta-feira “o ouro renovou máximos históricos, próximo dos 3.560 dólares a onça. A prata está nos 41 dólares a onça, em máximos que não observava nesta década. O paládio tem uma valorização de 0,8%, nos 1.146 dólares a onça”, detalha João Queiroz.

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Vários fatores contribuem para esta valorização dos metais preciosos, entre eles está uma forte procura, acima da oferta disponível.

Queiroz dá como exemplo o ouro, um metal onde não tem aumentado a prospeção, mas que nos últimos cinco anos tem sido procurado não só pela indústria ou para fins ornamentais, mas também para investimento.

Há uma “maior procura por parte de institucionais, não só por gestores de fundos, por via dos particulares, mas também pelos bancos centrais, sobretudo neste último ano, com a perceção de que os Estados Unidos necessitam de refinanciar um montante elevado de dívida. Muitos investidores e bancos centrais reaplicam a dívida vencida dos EUA noutros instrumentos tangíveis, como o ouro”, explica.

Não são apenas os pequenos investidores que procuram metais preciosos como uma aposta segura de investimento, os grandes investidores estão também a renovas as respetivas carteiras, de acordo com a informação que chega ao mercado.

A expectativa é que esta aposta em metais preciosos deverá manter-se, enquanto prevalecer a incerteza no comércio mundial e o arrefecimento da economia internacional.

“Enquanto não houver uma alteração uma alteração da atual estrutura económica, dos fundamentais, se mantiver a estagnação das principais 10 ou 20 maiores economias, incluindo a Europa, com base nas tarifas, e se manter esta nova forma de diplomacia económica norte-americana, existem riscos que fazem com que haja uma maior procura dos investidores institucionais por bens tangíveis. São mais prudentes e conservadores”, descreve João Queiroz do Banco Carregosa.

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