//​Pandemia acelerou em semanas a revolução digital, diz Carlos Moedas

​Pandemia acelerou em semanas a revolução digital, diz Carlos Moedas

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Numa cimeira que era para acontecer ao vivo e a cores, mas que a pandemia de Covid-19 obrigou a que o palco fosse a internet, debateu-se a “Revolução Digital”. Carlos Moedas, atual administrador da Fundação Calouste Gulbenkian e antigo Comissário Europeu com as pastas da Ciência e Inovação, defendeu que a pandemia acelerou em semanas essa mudança digital.

“A pandemia acelerou em semanas aquilo que nós estivemos a trabalhar durante décadas”, resumiu Moedas, que considerou isso “bom para todos”.

Numa intervenção vídeo, o antigo governante do executivo de Passos Coelho referiu que “estamos a dar mais valor ao humano, mas ao mesmo tempo vamos acelerar o digital naquilo onde não precisamos de estar presentes”.

Moedas que participou na Social Good Summit, num debate moderado por Inês Santos Silva e no qual participaram também João Magalhães, da Academia de Código, e Pedro Leitão, CEO do Banco Montepio, considera que “estamos preparados” para este salto digital.

“Rapidamente, de um dia para o outro, conseguimos funcionar através da tecnologia, conseguimos ter reuniões, mas sempre com este sentimento de que o humano é mais importante que o digital” disse Moedas nesta cimeira promovida pela Fundação das Nações Unidas.

O administrador da Gulbenkian que fala numa dimensão “binária” entre o digital e o humano, indica que o “digital vai acelerar, mas também vamos dar muito mais valor à relação humana, porque sem ela nada funciona”.

Neste encontro, Carlos Moedas falou ainda sobre a reorganização dos sistemas de ensino a nível europeu. “Os nossos sistemas de ensino têm sido centrados à volta do professor e não do aluno.

Essa é a grande mudança estrutural que precisamos fazer nos sistemas de ensino europeus. É a mudança de, hoje é o professor e a disciplina, para passar a ser o aluno e a aprendizagem”. Já está a ser testado em alguns países como a Islândia, refere Moedas, que defende esta mudança de paradigma introduzindo a revolução tecnológica nesta equação do ensino.

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