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A Associação de Produtores de Pesca do Cerco está preocupada com o impacto que a greve dos motoristas pode ter no setor. O presidente Humberto Jorge diz à Renascença que se o protesto não for evitado, os pescadores vão ser duplamente afetados.
“As nossas embarcações necessitam de carburantes para se deslocar e ir para a pesca, além disso, o pescado também necessita de ser transportado para os mercados. Por isso, seriamos afetados duplamente”, explica o dirigente associativo, apelando ainda a que “se encontrem as medidas e soluções para atenuar esse impacto e, quem sabe, até mesmo evitar a greve”.
Humberto Jorge refere que o setor não tem forma de contornar os efeitos da greve. “Iremos abastecer os tanques das embarcações antes disso acontecer e depois iremos trabalhar até o combustível durar. Quando acabar, teremos de parar, aí não há plano B”, garante.
Nestas declarações à Renascença, o presidente da associação explica ainda que a grande maioria das embarcações “em condições normais, terão combustível para uma semana, pouco mais do que isso”.
A greve convocada pelo Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e pelo Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM), que começa em 12 de agosto, por tempo indeterminado, ameaça o abastecimento de combustíveis e de outras mercadorias.
O Governo terá que fixar os serviços mínimos para a greve, depois das propostas dos sindicatos e da Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) terem divergido entre os 25% e os 70%, bem como sobre se incluem trabalho suplementar e operações de cargas e descargas.
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