//​Presidente da República quer “refrear a euforia” e evitar “Orçamento despesista”

​Presidente da República quer “refrear a euforia” e evitar “Orçamento despesista”

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, quer “refrear a euforia” em relação à execução orçamental deste ano e evitar “um Orçamento despesista” para 2020.

À margem da cerimónia de entrega dos Prémios Gazeta 2018, num hotel em Lisboa, o chefe de Estado reiterou esta terça-feira que “pode acontecer ou não” a necessidade de uma nova injeção de capital no Novo Banco este ano, mas nada mais quis adiantar sobre este assunto.

“Não tenho informação nenhuma, por isso é que eu disse: se houver, se for necessário. Se não for necessário, melhor”, afirmou o Presidente da República, em resposta aos jornalistas.

Marcelo admite nova injeção de capital no Novo Banco este ano

Marcelo Rebelo de Sousa foi questionado sobre as declarações que fez esta terça-feira à tarde, a propósito da execução orçamental, em que aconselhou a que se espere “pelas despesas de novembro e dezembro” e também “por reflexos ou não, este ano, da necessidade de injeção financeira no sistema financeiro”, mais concretamente, “no Novo Banco”.

“O que eu disse é: atenção que não se entre em euforia, porque ainda faltam dois meses, novembro e dezembro, e porque aconteceu em anos anteriores, pode acontecer ou não, a necessidade de haver, já foi noticiado, a hipótese de haver uma injeção que, aliás, não é só do Estado, nem sobretudo do Estado. E pode haver ou não”, explicou.

Considerando que “é excelente” as administrações públicas terem registado um excedente até outubro, o chefe de Estado acrescentou que o seu objetivo foi “refrear a euforia que começava a reinar e, sobretudo, a ideia de que, portanto, o próximo Orçamento pode ser um Orçamento despesista, o que seria uma inflexão num caminho, numa trajetória que tem sido seguida”.

Durante a entrega dos Prémios Gazeta, o Presidente da República voltou a manifestar a sua preocupação com a crise financeira que afeta os órgãos de comunicação social portugueses.

Marcelo Rebelo de Sousa pede às associações de imprensa que apresentem antes do início do debate orçamental propostas para fortalecer a comunicação social e advertiu que as soluções para o setor têm de ser rápidas.

Considerou que “seria imperdoável que a democracia, que tanto tempo levou a criar, pudesse sofrer na sua afirmação cívica, social, comunitária, pela incúria no domínio da comunicação social”.

Ver fonte

TAGS: