//​Quase 30 mil novos desempregados inscritos em março

​Quase 30 mil novos desempregados inscritos em março

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O número de desempregados inscritos nos serviços de emprego subiu 3% em março, em termos homólogos, e 8,9% face a fevereiro, para 343.761, de acordo com dados divulgados esta segunda-feira do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP).

A subida do desemprego coincide com as restrições à atividade económica desencadeadas pelo estado de emergência, com as medidas para combater a pandemia de Covid-19, que até agora provocou 735 mortes e mais de 20 mil infetados em Portugal.

O total de desempregados registados em Portugal em março, mês em que Portugal entrou em estado de emergência por causa da pandemia de covid-19, “foi superior ao verificado no mesmo mês de 2019 (mais 9.985) e também face ao mês anterior (mais 28.199)”, refere o IEFP, em informação disponibilizada no seu ‘site’.

“Para o aumento do desemprego registado, face ao mês homólogo de 2019, contribuíram todos os grupos do ficheiro de desempregados, com destaque para os homens, os adultos com idades iguais ou superiores a 25 anos, os inscritos há menos de um ano, os que procuravam novo emprego e os que possuem como habilitação escolar o secundário”, acrescenta.

No final de março, estavam registados, nos serviços de emprego do continente e regiões autónomas, “343.761 indivíduos desempregados, número que representa 70,9% de um total de 485 pedidos de emprego”, adianta o IEFP.

Em fevereiro, o número de desempregados registados ascendia a 315.562, uma queda de 1,6% face a janeiro (320.558) e uma diminuição de 7,9% em termos homólogos.

Em termos regionais, o desemprego registado subiu em quatro regiões, com exceção para o Norte e regiões autónomas.

“Destaca-se o aumento verificado, em termos homólogos, na região do Algarve (+41,4%) e na região do Alentejo (+9,8%)”, sendo que, “em contraponto, em termos homólogos, encontra-se a região dos Açores (-8,8%)”, aponta o IEFP.

Relativamente a ofertas de emprego por satisfazer, de acordo com o Instituto do Emprego e Formação Profissional, estas ascendiam a 12.305 no final do mês passado, em todo o país, o que corresponde a “uma redução anual (-4.399; -26,1%) e mensal (-1.514; -11,0%)”.

Na semana passada, a ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, avançou alguns dados relativos à primeira quinzena de abril, que apontavam para um aumento de 10% face a março.

Número de casais desempregados sobe 10,8%

O número de casais em que ambos os cônjuges estão desempregados aumentou 10,8% em março face a fevereiro, para 5.902, de acordo com o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).

“O número de casais em que ambos os cônjuges estão registados como desempregados foi, no final de março de 2020, de 5.902”, o que representa uma queda de 4,9% (menos 306 casais) face a igual mês de 2019, mas uma subida de 10,8% (mais 547 casais) face a fevereiro, de acordo os dados mensais do IEFP sobre o estado civil do desempregado e condição laboral do cônjuge.

Em fevereiro, o número de casais em que ambos os cônjuges estavam desempregados ascendia a 5.328, uma diminuição de 2,3% face a janeiro, interrompendo três meses consecutivos de subida em cadeia. Face ao período homólogo de 2019, registou-se em fevereiro um recuo de 17,6%.

O IEFP começou a divulgar informação estatística sobre os casais com ambos os elementos desempregados em novembro de 2010, altura em que havia registo de 2.862 destas situações.

Um ano depois, o número de casos tinha mais do que duplicado, para 6.210, continuando a subir em 2012, ano que terminou com 11.987 casais nesta situação, o que refletiu um crescimento homólogo de 93%.

Em 2013, ano em que a taxa de desemprego atingiu valores historicamente elevados, o universo destes casais atingiu um ‘pico’ de 13.315 em março, sendo este o registo mais elevado da série disponível.

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