Os trabalhadores do setor da cortiça, que abrange as indústrias transformadoras, estão esta quarta-feira em greve.
Reivindicam o aumento de salários e pretendem novas negociações com a associação patronal, a Associação Portuguesa da Cortiça (APCOR), diz à Renascença Alírio Martins, do Sindicato dos Corticeiros do Norte.
“O que acontece este ano é que a APCOR chegou a um valor de 36 euros de aumento e com uma proposta de aumento do subsídio de alimentação de 21 cêntimos. Direitos nem querem falar, relativamente aos subsídios de turnos, diuturnidades, 25 dias de férias… E chegámos a um ponto em que se não tivermos, pelo menos, em cima da mesa o salário mínimo nacional, não vamos aceitar este acordo”, avisa o sindicalista.
Alírio Martins fala num setor que abrange cerca de oito mil trabalhadores e lembra que a cortiça tem muita relevância no país e com peso nas exportações.
Esta quarta-feira, os trabalhadores vão concentrar-se junto ao edifício do Grupo Amorim, em Santa Maria da Feira. A corticeira detém a maior parte do setor da transformação.
Alírio Martins diz que está marcada uma tribuna pública a partir das 11h30 e espera boa adesão à greve.
Deixe um comentário