
O montante investido em certificados de aforro voltou a aumentar em agosto, em termos homólogos, para 38.547 milhões de euros, um crescimento de 13,6% em termos homólogos, segundo dados divulgados esta sexta-feira pelo Banco de Portugal (BdP).
Este é o valor mais alto investido em certificados de aforro (CA) desde o início da série do BdP, em dezembro de 1998 e representa uma aceleração face ao crescimento homólogo de 12,6% em julho.
Em termos nominais, havia no final de agosto deste ano mais 4.624 milhões de euros aplicados em CA que no mesmo mês de 2024 e mais 325 milhões de euros que em julho.
Agosto foi, assim, o 11.º mês consecutivo de subida do valor global em certificados de aforro.
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Após uma forte procura, impulsionada com a subida das Euribor, os CA começaram a perder o interesse dos aforradores quando, em junho do ano passado, a série de certificados em comercialização (`série E`) foi substituída pela `série F`, com uma taxa de juro mais baixa.
Ainda assim, os investidores voltaram a optar por este instrumento, que mais que compensaram o desinvestimento em certificados do tesouro (CT), que recuaram em agosto para 8.499 milhões de euros, menos 158 milhões de euros que em julho (-1,8%) e uma quebra de 16,4% (-1.670 milhões de euros) em termos homólogos.
O valor investido em CT, agora no valor mais baixo desde março de 2016, tem descido de forma consecutiva desde outubro de 2021, quando atingiu um máximo de 17.865 milhões de euros.
Segundo os dados estatísticos da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP, as emissões de novos CT foram de 10 milhões de euros em julho, enquanto as saídas (resgates) totalizaram 170 milhões de euros.
Já o valor mais baixo em CA foi registado em novembro de 2012, quando Portugal estava a cumprir o plano de resgate e a taxa de desemprego disparou, contabilizando-se então 9,7 mil milhões de euros em investimento nestes títulos.
Os dados agora divulgados pelo BdP registam ainda que, em agosto, a dívida direta do Estado aumentou 7,0% em termos homólogos, para 312.658 milhões de euros, e subiu 2.571 milhões de euros em cadeia.
Em outros instrumentos de dívida, em termos homólogos, as obrigações do tesouro (OT) cresceram 8,7% em termos homólogos para 179.553 milhões de euros, enquanto os bilhetes do tesouro (BT) avançaram 17,9% para 12.103 milhões de euros.
Em cadeia, tanto o saldo líquido das OT, como dos BT manteve-se face a julho.
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