Há alguns anos que não se via um robot no Palco Central da Web Summit, em Lisboa. Desta vez foi um humanoide que poderá ser o próximo colega de trabalho num armazém ou numa fábrica.
É o que prevê Peggy Johnson, presidente da empresa Agility Robotics, responsável pela produção do Digit, o robot que brilhou no palco.
À frente da máquina foi colocada uma mesa em cima da qual estavam várias peças de roupa e um cesto. O robot foi cumprindo as ordens que recebeu. “Digit, põe a t-shirt cinzenta no cesto; Digit, põe a camisola de riscas no cesto”.
Johnson diz que esta é uma demonstração, em pequena escala, do tipo de trabalho que os robots podem fazer e que os humanos já não querem fazer, referindo-se a “um milhão de vagas de emprego nos Estados Unidos para trabalhos mais pesados para as quais ninguém concorre”.
Depois desta demonstração, nota para a conferência de imprensa de Paddy Cosgrave. O fundador da Web Summit manifestou vontade que o evento continue “para sempre, em Lisboa”, mas vai revelando também que está em negociações para levar a cimeira da tecnologia para outras geografias.
Cosgrave revelou ainda que o evento está de boa saúde financeira, regista um aumento de receitas e lucros entre os quatro e os cinco milhões de euros.
O tema da inteligência artificial tem sido dominante, mas ainda há algumas conversas que não passam por esse assunto.
Foi o caso da conferência protagonizada por dois repórteres do jornal “New York Times” que escreveram um livro sobre Elon Musk e a compra do Twitter.
Os dois autores começaram por lembrar que, não há muito tempo, Trump e Musk trocavam críticas publicamente, mas que no ano passado acabaram por fazer um “casamento de conveniência”.
Agora que Musk é um dos homens mais próximos de Trump, a jornalista Kate Conger diz que o empresário vai fazer na administração norte-americana o que fez no Twitter.
“Ele viu muita gente virar-se contra ele quando comprou o Twitter e despediu 75% dos trabalhadores. Disseram que o Twitter ia acabar, que não teria como funcionar, mas o que aconteceu é que, apesar de alguns problemas, continua ativo”, descreve a jornalista.
Conger antecipa que “Musk sente-se empoderado e que pensa que pode fazer os mesmos cortes profundos na administração e que tudo vai continuar a funcionar”.
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