Os apartamentos vazios em Manhattan ultrapassam já os 13 mil, um nível nunca antes visto, escreve o site espanhol El Economista. Segundo um relatório das imobiliárias Douglas Elliman y Miller Samuel, citado pela publicação, o número subiu para o dobro face ao ano passado, para um valor recorde desde que começaram a ser recolhidos estes dados, há 14 anos.
Estima-se que 250 mil residentes de Nova Iorque se mudem permanentemente para o norte do estado, e que dois milhões saiam para viver noutro estado do país. Mais de 16 mil habitantes da cidade já se mudaram para bairros residenciais de Connecticut, avança o El Economista.
Este êxodo das grandes cidades para áreas menos populosas é uma tendência nos Estados Unidos, que se acentuou com a pandemia, a incerteza económica e as tensões sociais.
Os especialistas receiam que as dificuldades no mercado de arrendamento possam ter um efeito dominó, provocando incumprimento no pagamento de impostos sobre a propriedade, a maior fonte de receita do município, escreve o El Economista, segundo o qual cerca de metade dos apartamentos para arrendar em Nova Iorque pertencem a empresas.
Muitos temem um regresso ao passado, nomeadamente aos anos 70, quando Nova Iorque esteve à beira da bancarrota, e que levou ao desenvolvimento de zonas residenciais fora da grande cidade. Um movimento que terá perdurado até aos anos 90, quando se verificou o regresso de residentes, na mesma altura em que o crime na cidade baixou.
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