Portugal fechou 2022 com um défice orçamental de 3.591 milhões de euros, uma melhoria de cerca de 5.018 milhões de euros face a 2021 e 1.600,8 milhões abaixo do previsto no Orçamento.
Esta melhoria é justificada com uma subida da receita efetiva de 11%, que o gabinete de Fernando Medina atribui ao dinamismo do mercado de trabalho e da economia e pelo efeito da subida de preços.
Já a receita fiscal subiu 13,8% – atingiu os 58.542 milhões de euros, um valor que ficou 6,9% acima do previsto no OE para 2022.
Contudo, a despesa subiu 5,1% comparativamente com 2021, devido às medidas de resposta à pandemia e à guerra na Ucrânia, mas também com a aquisição de bens e serviços, bem como do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
A despesa com aquisição de bens e serviços cresceu 8,9% em 2022, em termos homólogos, enquanto a despesa do SNS subiu 4,6%.
De acordo com a informação divulgada pelas Finanças, em antecipação à Síntese de Execução Orçamental da Direção-Geral do Orçamento (DGO) que será publicada hoje, comparando com 2021, registou-se ainda assim um agravamento de 2.975 milhões de euros em relação a 2019.
Os dados divulgados esta sexta-feira pelo Governo são na ótica da contabilidade pública, que difere da contabilidade nacional, divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e utilizada tradicionalmente nas comparações internacionais e na avaliação de Bruxelas.
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