Os administradores com o pelouro de tecnologia das operadoras Altice, Nos e Vodafone não têm dúvidas: o 5G está atrasado em Portugal, por questões que são externas às operadoras.
Esta visão contrasta com a do regulador, a Anacom. Hoje o presidente João Cadete Matos garantia durante o congresso da APDC, a decorrer até quinta-feira, no CCB, em Lisboa, não haver atrasos neste dossiê.
“Estamos atrasados não do ponto vista de preparação das operadoras, mas porque não estão reunidas as condições tecnológicas, nomeadamente o espectro, para que possamos lançar este tipo de serviços”, garante Luís Alveirinho, administrador com o pelouro da tecnologia da Altice Portugal, durante o painel sobre 5G.
“Custa-me ter a tecnologia disponível, clientes expectantes e depois estou agarrado porque não posso fazer”, diz o administrador da Altice.
“Do ponto de vista de pôr as mãos na massa estamos bem”, diz João Nascimento, administrador com o pelouro tecnológico da Vodafone, lembrando o relatório da Comissão Europeia que coloca o país no pelotão da frente ao nível de pilotos de 5G a decorrer na Europa. “Nos demais aspetos, estamos atrasados”. “Porque é que coletivamente nos demos ao luxo de não estar no pelotão da frente do 5G?”, questiona em tom de lamento João Nascimento.
Um lamento partilhado por Jorge Graça, administrador com o pelouro de tecnologia da Nos, que diz que gostaria de ser desafiado pelas empresas para novos serviços. “Do ponto de vista de redes e de por redes a funcionar não há atrasos”, diz.
Deixe um comentário