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Na Bíblia, Jesus, a principal figura do Novo Testamento, vem muito depois de Abel, o filho de Adão que aparece nos primórdios do Velho, mas no futebol brasileiro Abel sucedeu a Jesus como o português que, ao jeito do imperador Júlio Cesar, chegou, viu e venceu tudo, ou quase, o que havia para ganhar no Brasil.
JJ já voltou para Portugal e não se pode dizer que o regresso à Europa não tenha passado pela cabeça de Abel, saturado do calendário doido do futebol brasileiro – mais doido ainda na pandemia -, com jogos atrás de jogos, uns a seguir aos outros. No entanto, como tudo acabou bem – títulos da Taça dos Libertadores e da Copa do Brasil – o penafidelense vai continuar. Aliás, tem todos os motivos para continuar já que tem um tesouro nas mãos.
O Palmeiras, seu clube, investe pesado desde 2013 nas camadas jovens e agora, oito anos depois, colhe os frutos. Na equipa principal jogam quase sempre quatro atletas cujo destino será, ao que tudo indica, a exclusiva e seleta seleção brasileira.
No caso de Gabriel Menino (20 anos), já chamado aos trabalhos dos canarinhos, é já o presente. Mas ainda há Danilo (19), Patrick De Paula (21) e Gabriel Verón (18) na calha. Juntas, as cláusulas de rescisão do quarteto chegam a incríveis 320 milhões de euros. Todos têm contratos até 2024 ou 2025.
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Mas há mais: na final da Copa do Brasil, antes de Menino fazer o 2-0 definitivo sobre o Grêmio, marcou Wesley, 21 anos, que antes de uma lesão de cinco meses, era titular.
E há mais cinco ou dez talentos da base do clube a entrar de vez em quando em campo sob as ordens de Abel.
Abel pode não ser tão bem pago no Brasil como se estivesse num grande europeu mas a matéria prima que tem ao redor compensa. Voltando às sagradas escrituras: “o tesouro são as pessoas (Deuterónimo 7:6)”.
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