Desde março de 2020, mês em que a pandemia entrou em Portugal, e até janeiro desde ano, perto de 52 mil crianças e jovens deixaram de receber o abono de família.
Segundo avança o “Jornal de Notícias” nesta segunda-feira, dois fatores podem explicar a quebra: demografia e dificuldades na obtenção do subsídio.
A perda de beneficiários do abono de família surge em dois momentos: primeiro, até ao final de 2020, com quase 32 mil titulares a menos; e depois, já em janeiro de 2021, com um recuo de seis mil crianças e jovens, refere o jornal.
A explicação do Instituto de Segurança Social é que, além de nascerem cada vez menos crianças que poderiam beneficiar do apoio, esta quebra do início do ano é habitual, visto serem aplicados os cálculos das provas de rendimentos.
Mas houve também dificuldades para aceder ao apoio social, devido ao confinamento e a um ano de atendimento apenas por marcação nos serviços públicos.
Estes dois fatores podem explicar o facto de 2020 ser o ano da década com o mais baixo número de titulares. Não havia uma quebra tão grande desde que a troika esteve em Portugal. Isto, num ano em que muitos portugueses ficaram sem rendimento ou viram o seu rendimento diminuir.
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