“Acesso indevido”. Esta é a razão da suspensão do site AforroNet, que serve para consultar e gerir certificados de aforro.
O site AforroNet, da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP), está indisponível há alguns dias. Na página, é possível ler agora que estão a ser melhoradas “as condições de segurança do serviço”, sem ser dada uma data prevista para a reposição do serviço.
“Todos os serviços associados às contas de aforro estão assegurados através da rede dos CTT”, é dito, com um pedido de desculpas pelo “inconveniente causado” a fechar a missiva.
Sabe-se agora que a indisponibilidade resulta de um “acesso indevido a dados pessoais constantes no AforroNet”, que já terá sido reportado à Comissão Nacional de Proteção de Dados” e que “está a ser investigado”, é dito esta quinta-feira por fonte do IGCP, ao semanário Expresso.
Desconhece-se, para já, o que aconteceu, mas a mesma fonte garante que não se tratou de um ataque informático e que será caso único. Apesar disso, e por questões de segurança, foi decidida a suspensão da plataforma como medida preventiva.
Agora, procede-se a uma “intervenção de melhoria da segurança dos dados pessoais da plataforma”. No entanto, “a segurança das aplicações financeiras dos aforristas nunca esteve em risco”, garante a mesma fonte, citada pelo jornal.
O incidente aconteceu depois de ter sido detetada uma vulnerabilidade. Nessa altura, foi pedido aos utilizadores que mudassem as palavras-passe. Houve quem recebesse, inclusive, emails nesse sentido. A Renascença teve acesso a um desses emails, enviado a 20 de agosto. “Estimado cliente, informamos que, na sequência do processo de otimização dos níveis de segurança, o IGCP está a solicitar a alteração da password em uso”, começa por dizer a missiva. “Alertamos para a necessidade da atenta observação dos critérios aquando da definição da nova password”, era salientado, razão que talvez explique o problema: as novas passwords não podia ter caracteres especiais e alguns utilizadores bloquearam a conta ao tentar utilizá-los.
“Lamentamos qualquer incómodo que a presente alteração possa estar a causar, estamos a trabalhar no sentido da melhoria do serviço prestado aos seus Clientes”. terminava o texto.
Quem quiser movimentar os seus certificados de aforro terá, assim, de se dirigir às lojas físicas dos CTT. Não há prazo para o retorno deste serviço via plataforma.
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