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Estarão nas mãos do Montepio as ações que o maior acionista da Groundforce afirma que não tem e por isso não pode entregar em troco de dinheiro público para financiar salários e outras despesas urgentes de tesouraria.
A informação foi avançada nesta tarde pelo Expresso, que indica que aquele banco foi o financiador da operação de compra da posição maioritária de Alfredo Casimiro na empresa de handling da TAP, em 2012. O empresário terá dado como garantia de pagamento as próprias ações em penhor.
De acordo com aquele semanário, a transportadora aérea portuguesa só soube que as ações estavam penhoradas uma semana depois de estarem a correr negociações com a Groundforce para encontrar um modelo que permitisse injetar dinheiro na empresa de handling. Alfredo Casimiro já não conseguira pagar salários no último mês, mas recusava-se a entregar as ações como garantia do capital que o Estado viesse a injetar. Só nos últimos dias reconheceu que a razão era não estar já na posse dos títulos.
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Ainda com todos os cenários em cima da mesa, incluindo nacionalização e insolvência, as negociações do governo com a Groundforce com via a um acordo que permita desbloquear a situação da empresa de handling da TAP, que começaram há mais de uma semana, mantêm-se suspensas.
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Os trabalhadores da Groundforce não receberam ainda os salários de fevereiro. A TAP, que é tanto acionista (com 49,9%) como cliente – tem vindo a conceder adiantamentos desde novembro à empresa, que se viu confrontada com uma quebra de receita fruto da crise que atravessa a aviação civil. No início deste mês, a TAP propôs um adiantamento à Groundforce de 2,05 milhões de euros, mediante a penhora das ações da Pasogal, de Alfredo Casimiro. O empresário recusou e apresentou outros ativos.
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