A IL/Açores considerou esta segunda-feira que o Plano e Orçamento da região para 2024, apresentado pelo Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM), “não é um documento bom” nem de mudança para a região.
“Este não é um documento bom, ao contrário do que aqui já foi dito. Nem é um documento de mudança. Mas muito menos é um documento de esperança para os açorianos”, afirmou Nuno Barata.
O deputado único da Iniciativa Liberal (IL) falava no arranque da discussão do Plano e do Orçamento da região para 2024, na Assembleia Legislativa, na Horta.
Na sua intervenção, Nuno Barata salientou que os açorianos precisam de esperança e de “um caminho novo, um rumo novo, para as suas vidas e para as vidas dos seus filhos”.
“A dívida aumenta, os cargos políticos aumentam, os Açores mingam, a economia dos Açores falece”, vincou.
Segundo o parlamentar, o seu partido está para garantir a liberdade aos açorianos “e não para garantir a manutenção de um Governo que oprime a vida dos açorianos, querendo condicionar o trabalho da comunicação social, através do pagamento de despesas correntes”.
Também alertou que “quem sabe que não cumpriu é que tem medo de ir a votos” e de “devolver a voz aos açorianos”.
“Quem sabe que não cumpriu é que vem aqui [ao parlamento] falar de governação em vez dos documentos previsionais que nos apresentou”, acrescentou.
A IL, prosseguiu, teria “feito muito diferente”, como pagar a fornecedores a tempo e a horas e reformulado o setor público empresarial regional.
“Nós teríamos revisto, por exemplo, a programação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) feita pelo anterior Governo [Regional], em vez de retirar à economia regional a possibilidade de se candidatar aos 177 milhões de euros das agendas mobilizadoras”, assumiu.
Segundo Nuno Barata, entre outros aspetos, a IL também teria “olhado mais e melhor” para as aspirações de todos os açorianos e a todas as suas necessidades.
O Plano e o Orçamento dos Açores para 2024, de cerca de dois mil milhões de euros, começou hoje a ser debatido no plenário da Assembleia Legislativa Regional, na Horta, onde a votação na generalidade deverá acontecer na quarta-feira ou na quinta-feira.
O terceiro Orçamento da legislatura regional é o primeiro a ser votado após a IL e o deputado independente terem denunciado em março os acordos escritos que asseguravam a maioria parlamentar ao Governo dos Açores.
Antes do arranque da discussão, a IL e o PS anunciaram o voto contra na generalidade, enquanto Chega e PAN rejeitaram votar a favor, o que poderá levar à reprovação do Plano e do Orçamento.
A Assembleia Legislativa dos Açores é composta por 57 deputados e, na atual legislatura, 25 são do PS, 21 do PSD, três do CDS-PP, dois do PPM, dois do BE, um da IL, um do PAN, um do Chega e um independente (eleito pelo Chega).
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