//ACP entende que fim do desconto nos combustíveis terá “consequências dramáticas”

ACP entende que fim do desconto nos combustíveis terá “consequências dramáticas”

O recuo no desconto no preço dos combustíveis terá “consequências dramáticas”, defende o presidente do ACP – Automóvel Clube de Portugal -, em reação ao pedido renovado da Comissão Europeia para que Portugal acabe com o desconto aplicado ao Imposto sobre Produtos Petrolíferos, em vigor desde 2022.

Bruxelas enviou uma carta ao Governo onde reitera o pedido, feito já em novembro, para que sejam tomadas ações concretas para terminar com as medidas de apoio extraordinárias que permitem descontos no preço dos combustíveis. Presidente do ACP lembra o efeito que isso terá no tecido empresarial.

“As consequências serão dramáticas. O preço do combustível em Portugal já está forrado de impostos. Ser não uma há ajuda do governo com este desconto, o combustível vai ficar cada vez mais caro”, admite o Carlos Barbosa.

“A maior parte das pequenas e médias empresas, que é a maior parte do tecido empresarial português, não vai conseguir suportar o preço do combustível”, considera o presidente da ACP, que acrescenta que o preço do combustível nessas pequenas e médias empresas “representa 30 a 35 por cento do seu custo”.

Portanto, conclui, “será fatal se essa ajuda sair do preço do combustível”.

Para suportar o aumento dos custos com o combustível, o mais provável é que as empresas o façam repercutir no consumidor final, acredita Carlos Barbosa, que admite que ninguém quer esse cenário mas lembra, igualmente, que os combustíveis são já sobejamente alvo de impostos.

“Já é uma loucura. Hoje em dia, 56% do preço de um litro de combustível são impostos, o que não faz qualquer sentido”, lamenta.

O Jornal de Negócios desta terça-feira avançou que Bruxelas enviou uma carta ao Governo a pedir que fossem tomadas “ações concretas” para terminar com as medidas de apoio extraordinárias, que têm sido utilizadas para impedir o aumento do preço dos combustíveis.

Fonte do Governo confirmou, entretanto, à Renascença, que recebeu esta carta em junho e que negoceia com Bruxelas uma eventual solução para a acabar com o desconto do ISP.

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