//AEP exige do Governo “medidas urgentes” face à “subida galopante” dos preços da energia

AEP exige do Governo “medidas urgentes” face à “subida galopante” dos preços da energia

“Portugal deve tomar medidas concretas, com a maior brevidade possível, sob pena de as empresas portuguesas verem a sua competitividade fortemente comprometida e, mesmo, a sua permanência no mercado ameaçada”, sustenta a associação numa carta dirigida ao ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes.

Neste contexto, a AEP “reclama do Governo uma intervenção urgente em relação à subida galopante dos preços de energia em Portugal”.

Tendo por base dados do Eurostat, a associação refere que “os preços médios da eletricidade pagos pela indústria nacional continuam a inserir-se na metade de países da União Europeia (UE) com preços mais altos”.

Segundo salienta, o país surge, nomeadamente, na nona posição nos dois primeiros escalões de consumo, “onde se situarão as empresas de menor dimensão”.

Na quarta-feira, o Governo anunciou que prevê atribuir 25 milhões de euros à indústria eletrointensiva através do mecanismo de compensação dos custos indiretos de Comercio Europeu de Licenças de Emissão (CELE), com um montante estimado de auxílio a atribuir este ano de 25 milhões de euros.

“O ministro do Ambiente e da Ação Climática, [Matos Fernandes], assinou hoje [quarta-feira] a portaria que cria o mecanismo de compensação dos custos indiretos de CELE, o qual irá beneficiar um universo estimado de 28 instalações eletrointensivas”, indicou, em comunicado, o Governo, estimando em 25 milhões de euros o montante de auxílio a atribuir este ano.