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“Portugal deve tomar medidas concretas, com a maior brevidade possível, sob pena de as empresas portuguesas verem a sua competitividade fortemente comprometida e, mesmo, a sua permanência no mercado ameaçada”, sustenta a associação numa carta dirigida ao ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes.
Neste contexto, a AEP “reclama do Governo uma intervenção urgente em relação à subida galopante dos preços de energia em Portugal”.
Tendo por base dados do Eurostat, a associação refere que “os preços médios da eletricidade pagos pela indústria nacional continuam a inserir-se na metade de países da União Europeia (UE) com preços mais altos”.
Segundo salienta, o país surge, nomeadamente, na nona posição nos dois primeiros escalões de consumo, “onde se situarão as empresas de menor dimensão”.
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Na quarta-feira, o Governo anunciou que prevê atribuir 25 milhões de euros à indústria eletrointensiva através do mecanismo de compensação dos custos indiretos de Comercio Europeu de Licenças de Emissão (CELE), com um montante estimado de auxílio a atribuir este ano de 25 milhões de euros.
“O ministro do Ambiente e da Ação Climática, [Matos Fernandes], assinou hoje [quarta-feira] a portaria que cria o mecanismo de compensação dos custos indiretos de CELE, o qual irá beneficiar um universo estimado de 28 instalações eletrointensivas”, indicou, em comunicado, o Governo, estimando em 25 milhões de euros o montante de auxílio a atribuir este ano.
No final de julho, a AEP tinha já alertado para vários riscos que podem penalizar as exportações nacionais, entre os quais o custo da energia sobre a indústria, quer na eletricidade, quer no gás natural.
Na publicação ‘Envolvente Empresarial – Análise da Conjuntura’ relativa ao segundo trimestre de 2021, a AEP destacou “riscos mais estruturais relativos a custos de contexto – que penalizam as exportações, sobretudo de bens -, nomeadamente os elevados preços da energia paga pela indústria nacional, quer na eletricidade (onde estamos na metade de países com preços mais altos), quer no gás natural”.
Apesar dos riscos, a AEP notou, na altura, que as exportações “têm vindo a recuperar bem ao nível das mercadorias, mas prosseguem em forte queda nos serviços e sobretudo no turismo”.
Para a associação, “os riscos mostram que é preciso atuar de forma conjuntural, não retirando prematuramente os apoios à economia, e de forma mais estrutural, ao nível da redução de custos de contexto”.
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