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O governo alemão apresentou neste domingo um novo pacote de ajuda às famílias e empresas perante o aumento do custo de vida e da energia, aumentando para 65 mil milhões de euros o valor global das medidas de apoio.
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Os partidos que integram o governo de coligação na Alemanha chegaram neste domingo a acordo sobre este terceiro pacote de apoios, apresentado durante uma conferência de imprensa conjunta do chanceler alemão, Olaf Scholz, e dos líderes dos partidos da coligação, nomeadamente Saskia Esken, pelos sociais-democratas, Omid Nouripour, pelos Verdes, e o ministro das Finanças, Christian Lindner, pelos liberais.
Os dois primeiros pacotes, que totalizam 30 mil milhões de euros, incluíam, entre outros benefícios para os cidadãos, um subsídio de transporte público com bilhetes a nove euros por mês que permitem viajar por toda a Alemanha e um desconto em combustível, limitado a três meses, que terminou em agosto.
Entre as medidas aplicadas contam-se ainda a eliminação da sobrexata no preço da eletricidade destinada a financiar as energias renováveis e uma bonificação única de 100 euros por criança e energética até 300 euros.
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Sobreviver ao inverno
Na conferência de imprensa, Olaf Scholz assegurou que a Alemanha “será capaz de lidar com este inverno” e garantir o fornecimento de energia, apesar da redução das entregas do gás russo, de que é bastante dependente.
“A Rússia não é um fornecedor de energia fiável (…). O governo federal preparou-se para esta eventualidade desde o início do ano”, referiu o chefe do governo alemão.
Olaf Scholz disse ainda que, devido à diversificação das fontes de abastecimento e ao aprovisionamento dos ‘stocks’ de gás, o país está em condições de enfrentar uma paralisação prolongada do fornecimento através do gasoduto Nord Stream 1.
Na sexta-feira, a Gazprom anunciou que o gasoduto Nord Stream 1, vital para os fornecimentos à Europa, vai parar “completamente” para reparação de uma turbina, após ter estado inativo durante três dias para manutenção.
Em comunicado, a Gazprom indicou ter descoberto “fugas de óleo” na turbina durante esta operação de manutenção e indicou que até à sua reparação o fornecimento de gás estará “completamente suspenso”.
A Rússia devia retomar no sábado o fornecimento de gás através do gasoduto, após uma interrupção de três dias.
A fabricante de turbinas Siemens Energy declarou, também na sexta-feira, que fugas de óleo não justificam tecnicamente a paragem do gasoduto Nord Stream 1, decidido pela empresa russa de gás Gazprom.
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