//Alívio no IRS em agosto e setembro é “excecional”, mas novas tabelas vão beneficiar contribuintes

Alívio no IRS em agosto e setembro é “excecional”, mas novas tabelas vão beneficiar contribuintes

As novas tabelas de IRS vão levar a um alívio fiscal nos meses de agosto e setembro e, por isso, mais dinheiro na carteira, mas o economista João Duque alerta que esta é uma situação excecional.

Publicadas no Portal das Finanças, as tabelas com os escalões acabam por beneficiar todos os contribuintes a partir de outubro, mas o Governo decidiu aplicar retroativos a janeiro e, assim, nos meses de setembro e agosto, haverá mais dinheiro disponível ao final do mês.

“O Governo decidiu que essa retroatividade se repunha em dois meses. Podia-se ter reposto em cinco meses, mas o Governo decidiu repor já o que é de direito passado, e depois vamos ficar o resto do ano alisados com que seria o normal do ano”, alerta em declarações à Renascença, o economista e professor catedrático no ISEG.

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Assim, nos próximos dois meses, quem recebe uma remuneração mensal até aos 1.136 euros ou uma pensão até aos 1.152 euros não vai pagar IRS. A partir de outubro, os primeiros oito escalões de rendimento vão sofrer reduções das taxas entre os 0,4 e 0,6 pontos percentuais.

“Os contribuintes vão passar a pagar menos imposto sobre o rendimento e por isso vão ficar com mais rendimento ao fim do mês. Isso é cada vez mais sensível quanto maior é o escalão do rendimento”, afirma João Duque, indicando que “as pessoas que ganham menos são as mais afetadas”.

Também à Renascença, a diretora do Jornal de Negócios, Diana Ramos, lembra que, tendo em conta que o IRS é um imposto progressivo, todos os contribuintes vão beneficiar das novas tabelas, apesar dos cortes incidirem apenas entre o 1.º e o 8.º escalão.

“É uma espécie de repetição do que aconteceu no ano passado. Desta vez acontece mais cedo, em agosto e setembro, e os trabalhadores dependentes não vão fazer qualquer retenção na fonte. Isso significa que vão sentir mais dinheiro disponível nestes meses”, afirma.

Diana Ramos refere também que, com esta decisão, o Governo “está a tentar fazer o acerto de contas relativamente ao IRS que seria cobrado se esta redução vigorasse desde o início do ano”.

Assim, em agosto e setembro haverá dois meses de maior alívio, mas em outubro, novembro e dezembro estarão em vigor as tabelas de IRS com taxas novas que refletem o alívio dos escalões.

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