//Altice diz que Estado deve investir na cobertura de quem não consegue falar ao telemóvel

Altice diz que Estado deve investir na cobertura de quem não consegue falar ao telemóvel

O presidente da Altice disse hoje que a Anacom e o Governo devem preocupar-se na cobertura dos 0,5% dos portugueses que não conseguem falar ao telemóvel por falta de rede, em vez de imporem obrigações adicionais aos operadores.

“Mais do que fazer este folclore mediático sobre freguesias que já estavam no nosso plano de implementação, gostava que a Anacom se preocupasse com os 0,5% dos portugueses que não têm sequer rede 2G, que não conseguem sequer falar ao telemóvel e que deveriam ser alvo de um programa com financiamento público e privado para garantir que também sejam portugueses de primeira e isso depende do regulador e do Governo”, afirmou Alexandre Fonseca à agência Lusa, à margem da assinatura de um acordo com a câmara de Arruda dos Vinhos.

O presidente executivo da Altice Portugal desvalorizou as obrigações adicionais de cobertura requeridas pela Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) aos operadores no âmbito da atribuição de mais frequências, por considerar que “não são nada de novo” do que já existe há 10 anos.

A Altice “já serve 99,5% da população portuguesa e isso foi feito ultrapassando as obrigações de cobertura impostas pelo regulador”, sublinhou.

A Anacom) aprovou a renovação, até abril de 2033, dos direitos de utilização de frequências (DUF) da Meo e Vodafone, impondo “obrigações adicionais de cobertura de 100 freguesias”.

A renovação dos DUF “é acompanhada da imposição de obrigações adicionais de cobertura de 100 freguesias de baixa densidade populacional, nas quais estes prestadores terão de disponibilizar um serviço de banda larga móvel com um débito mínimo de 100 Mbps, que contemple, pelo menos, 90% da população”, segundo informou o regulador.