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Álvaro Santos Pereira, diretor na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), disse hoje que era necessário aumentar as taxas de juro, mas a questão é quão rápida é essa subida, defendendo que há temas estruturais que têm de estar em cima da mesa.
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Álvaro Santos Pereira, antigo ministro da Economia no governo de Pedro Passos Coelho, falava durante um debate ‘online’ sobre as causas e as respostas de política à elevada inflação, organizado pelo Comité Consultivo Sindical da OCDE.
Num painel de debate onde também participava o prémio Nobel da Economia Joseph Stiglitz, Álvaro Santos Pereira afirmou que era claro que as taxas de juro iam ter de subir, mas “a questão é com que rapidez”.
Para o economista, para responder aos desafios colocados pelo atual contexto é importante analisar algumas restrições do lado da oferta, como “o acesso à habitação” ou os “encargos com creches”.
O responsável da OCDE destacou que “os preços da energia caíram drasticamente nos últimos meses, tanto em termos de petróleo, como de gás e carvão”, o que “diminuiu a pressão sobre a inflação”, com menos “pressão da oferta”.
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O economista Joseph Stiglitz defendeu que a política monetária “não é o instrumento certo”, uma vez que “o problema não foi provocado por excesso de procura”, considerando que esta política “aumenta a desigualdade”.
Para o economista galardoado com o Nobel, existem “políticas alternativas” como a aumentar as políticas de incentivo à energia verde, aumentar a produção alimentar ou na Europa rever as políticas dos preços de eletricidade.
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