O CEO da companhia vai, agora, acumular a presidência do conselho de administração, cargo antes ocupado por Mário Silva, gestor de confiança de Isabel dos Santos
Já há novo conselho de administração na Efacec e Ângelo Ramalho mantém-se como o homem forte da empresa. Três meses após a nacionalização de 71,73% do capital da companhia, são conhecidos os novos órgãos sociais da companhia, liderados por Ângelo Ramalho, reconduzido no cargo de líder da comissão executiva, e que acumula, agora, com o da presidência do conselho de administração, lugar antes ocupado por Mário Silva, gestor de confiança de Isabel dos Santos. Destaque para a entrada de Jaime Andrez, presidente da Parpública, como vogal não executivo.
Os novos órgãos sociais da Efacec Power Solutions foram eleitos na assembleia geral que decorreu na passada sexta-feira, dia 2 de outubro, com o mandato a ter início no mesmo dia. Manuel Ferreira, Michael da Silva e Nuno Filipe da Silva completam a comissão executiva. Maria Gabriela Chouzal, Rui Pires, Manuel António Gonçalves, Carlos Ribeiro e o já referido Jaime Andrez são os vogais não executivos.
Recorde-se que a Governo deliberou, a 2 de julho, avançar com a nacionalização da participação da Winterfell, de Isabel dos Santos, na Efacec, invocado então o interesse estratégico da companhia, que “constitui uma referência internacional em setores vitais para a economia portuguesa”, e a necessidade de preservar os seus mais de 2500 postos de trabalho.
A nacionalização permitiu desbloquear o financiamento à empresa vital para a sua sobrevivência, através de um empréstimo bancário com garantia do Estado de 50 milhões de euros mas que pode chegar aos 70 milhões, e que serviu, no imediato, para pagar a fornecedores e trabalhadores. No final de setembro foi conhecida a saída de Rui Lopes, que integrava a comissão executiva da empresa, alegadamente devido a divergências quanto à forma como foram aplicadas estas verbas.
Também em setembro se ficou a saber que a empresária angolana Isabel dos Santos decidiu impugnar a nacionalização, argumentando não ter sido ouvida antes desta decisão do Governo, ao contrário dos acionistas minoritários, os grupos José de Mello e Têxtil Manuel Gonçalves.
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