//Angola admite privatização gradual de 30% da Sonangol

Angola admite privatização gradual de 30% da Sonangol

O Governo angolano está a preparar o cronograma que vai definir a venda de 30% do capital da petrolífera estatal Sonangol, processo que poderá avançar de forma faseada, disse o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás.

Em entrevista à agência Lusa, Diamantino Azevedo reiterou a intenção de aprovar o cronograma relativo à dispersão do capital da Sonangol em bolsa durante o atual mandato, mas admitiu que o processo será escalonado.

“Nós temos estado a dizer que queremos levar até 30%, mas isso não significa que seja de uma só vez”, disse o governante, indicando que este processo “será bom para a Sonangol e para o país”, pois “trará mais transparência e maior eficiência”.

Segundo Diamantino Azevedo, na dispersão em bolsa estão a ser consideradas “ações para os trabalhadores da Sonangol, ações para os angolanos que estejam interessados e para parceiros estratégicos que queiram depois ser sócios” da petrolífera, o que estará também definido no cronograma.

“Significa que [o processo de alienação] será feito de uma forma exponencial – e isso faz parte do trabalho que está a ser feito – e depois será escalonado, depende de vários fatores e da dinâmica do mercado”, precisou.

O ministro sublinhou que o Governo está “muito empenhado” em prosseguir o programa de privatizações de grande parte dos negócios não nucleares da Sonangol, embora tenha sido necessário fazer algumas readaptações devido à situação que o mundo atravessa, e que têm dados passos nesse sentido, iniciando o processo de forma discreta.