A agência de notação financeira Moody’s considerou hoje que Angola, Quénia e Tanzânia são os três países da África subsaariana que terão uma maior consolidação na banca nos próximos anos, defendendo que isso fortalece a estabilidade bancária.
“A onda de fusões e aquisições que está a varrer os mercados bancários da África subsaariana é positiva, do ponto de vista do crédito”, lê-se numa análise da Moody’s a este setor.
De acordo com o relatório, enviado aos clientes e a que a Lusa teve acesso, “em Angola, o regulador está a levar a cabo uma análise da qualidade dos ativos dos bancos, que deverá estar concluída até ao final do ano, e deverá levar a um movimento de consolidação dentro do sistema bancário nos próximos dois anos”.
No documento, a Moody’s diz que, em termos globais na região, “o número de bancos pequenos e ineficientes está a cair, enquanto os maiores bancos continuam a crescer sustentadamente, fazendo emergir bancos com perfis de crédito mais fortes”.
Apesar de prever um crescimento “estagnado” em países como Angola, Nigéria e África do Sul, a Moody’s diz que são estas circunstâncias que empurram os bancos para “procurar sinergias e economias de escala através de fusões e aquisições”.
Esta consolidação, argumenta a Moody’s, “potencia a estabilidade do sistema bancário” porque “a consolidação aumenta as economias de escala, melhora a estabilidade devido à diversificação geográfica e de produtos, e torna a regulação mais eficaz na medida em que reduz o peso de monitorizar um grande número de bancos pequenos”.
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