//Angola gastou 26 milhões de euros para produzir novas notas do kwanza

Angola gastou 26 milhões de euros para produzir novas notas do kwanza

Angola gastou cerca de 30 milhões de dólares (26 milhões de euros) na produção das novas notas do kwanza “Série 2020”, que entram em circulação a partir de 30 de julho, realizada por duas empresas europeias e uma norte-americana.

Segundo o vice-governador do Banco Nacional de Angola (BNA), Tiago Dias, o processo de produção das cinco novas notas do kwanza, moeda angolana, envolveu empresas de renome internacional e que participaram de um concurso público “totalmente transparente”.

O responsável, que falava hoje aos jornalistas, em Luanda, no final da cerimónia oficial de lançamento da “nova família do kwanza”, afirmou que uma empresa norte-americana, uma alemã e uma russa foram os vencedores do concurso.

As novas notas do kwanza, cuja figura de realce é o primeiro Presidente angolano, Agostinho Neto, entram em circulação de forma progressiva a partir de 30 de julho.

A “Série 2020” contempla as notas de 200 kwanzas (0,3 euros), 500 kwanzas (0,75 euros), 1.000 kwanzas (1,5 euros), 2.000 kwanzas (3 euros) e a de 5.000 kwanzas (7,5 euros) feitas em material de polímero (plástico) e com “elementos de segurança inovadores”.

Para o vice-governador do banco central angolano, a durabilidade das novas notas com substrato polímero “é quatro vezes maior”, sobretudo com base na experiência recolhida em outras geografias.

“Uma vez que o polímero na realidade é plástico e o seu manuseio faz com que ela seja mais durável em relação à nota de papel”, realçou, sem, no entanto, referir quanto o BNA deverá poupar.

Questionado sobre as implicações do novo kwanza, sem o rosto do ex-Presidente angolano José Eduardo dos Santos, em contexto da desvalorização da moeda, o responsável sublinhou que a temática da depreciação do kwanza não se aplica nesse domínio.

“A questão da desvalorização ou depreciação da moeda não se coloca com a entrada em circulação com a nova série kwanza, isso não tem alteração absoluta, porque tal como já referimos, periodicamente introduzimos notas novas”, respondeu à Lusa.

Tiago Dias esclareceu ainda que o BNA decidiu não incluir a denominação de 10.000 kwanzas (15 euros) na série 2020 porque “por enquanto não há razões que justifiquem que ela seja posta em circulação”.

É característica comum no reverso de todas as notas a insígnia da República, a diversidade geográfica e cultural de Angola, bem como um micro texto com a letra integral do Hino Nacional de Angola “Angola Avante”.

A “nova família do kwanza” vai conviver, simultaneamente, com as notas da série 2012 “até que o BNA entenda estarem reunidas condições para pôr fim ao seu curso legal”.

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