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O líder do PS e atual primeiro-ministro acredita que pode ter o Orçamento do Estado (OE) para 2022 em vigor em abril, caso seja reeleito.
Em entrevista à Renascença, esta segunda-feira, António Costa sublinhou, contudo, que é fundamental “ter sempre ambição de avançar, mas nunca dar um passo maior do que a perna”.
“Se o resultado eleitoral permitir ao PS formar Governo, assim que termine a discussão do programa do Governo estamos em condições de apresentar um OE. O programa está feito. Para março, podemos estar em condições de começar a discutir um OE. Em abril, podemos ter o Orçamento em vigor. Viveríamos dois, três meses em duodécimos, mas não mais do que isso”, afiançou.
O primeiro-ministro realçou que um Orçamento do Estado leva “pelo menos cinco meses” a ser preparado, pelo que eleger outro Governo poderá atrasar ainda mais o processo: “Estarmos a arrastar-nos em duodécimos é estarmos a adiar o país.”
Aumento extra de pensões?
Sobre o aumento extraordinário das pensões, Costa destacou que mesmo durante a pandemia, em período de “crise profunda”, o Governo conseguiu manter o controlo das finanças públicas. Uma tendência que espera conseguir manter:
“Quando saírem as contas finais do défice, constatar-se-á que já estamos com défice inferior à previsão do ano passado. Se isso se concretizar, iremos continuar a conseguir melhorar o nível das pensões.”
Salário mínimo pode chegar aos mil euros
O salário mínimo nacional, atualmente em 705 euros mensais, também tem sido tema de debate. Para já, o compromisso do PS é elevá-lo para 900 euros, no entanto, António Costa acredita que “pode ser possível ir mais além”.
“Tenho encontrado uma atitude positiva por parte dos empresários. Pelo menos 1.000 euros devia ser o nível do salário mínimo nacional. O compromisso é 900 euros, mas o nosso objetivo é que possa ir mais além. Se pudermos ir, vamos”, garantiu.
O primeiro-ministro vincou que Portugal teve dar “um grande salto nos vencimentos”, de forma a conseguir reter as novas gerações no seu território.
“Se queremos ser o país mais moderno, mais próspero, mais inovador, não podemos desperdiçar nem frustrar a geração mais qualificada que temos. Aliás, temos de mantê-la realizada”, sustentou.
António Costa deixa também a porta aberta a conversações com todos os partidos, à exceção do Chega, após as eleições de 30 de janeiro “Depois do aconteceu, não posso dizer que geringonça seja a única solução”, frisou.
O líder do PS e atual primeiro-ministro acredita que pode ter o Orçamento do Estado (OE) para 2022 em vigor em abril, caso seja reeleito, mas alerta que o mesmo pode não acontecer em caso de derrota.
O salário mínimo nacional (SMN) pode ir além dos 900 euros prometidos pelo Partido Socialista no seu programa eleitoral até 2026, afirma em entrevista à Renascença.
Ouça a entrevista de António Costa à Renascença
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