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O ministro das Finanças vai apresentar o cenário macroeconómico para o próximo ano aos partidos com assento parlamentar na sexta-feira. O primeiro-ministro, questionado pelos jornalistas à margem das comemorações do 5 de outubro, não revelou o crescimento da economia previsto para 2023, mas excluiu um cenário de recessão.
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“No próximo ano, com a recessão em muitos países europeus, necessariamente não somos imunes, e, portanto, Portugal vai crescer menos do que cresceu este ano, mas não vamos ter nenhum cenário nem de não crescimento e menos ainda de recessão. Vamos ter um cenário de crescimento moderado, ajustado à realidade dos tempos, é esta a previsão“, avançou António Costa, adiantando que, apesar disso, “é um cenário onde podemos ter confiança de que o país vai continuar a crescer e mais: vai continuar a crescer acima da média europeia e, portanto, a aproximar-se dos países mais desenvolvidos da União Europeia“.
O primeiro-ministro disse ainda que a previsão “assenta numa desaceleração significativa da taxa de inflação, e sobretudo assenta numa preocupação fundamental, que é a chave para a política económica: podermos manter o emprego e podermos sustentar, sem alimentar a espiral de inflação, aquilo que são os rendimentos das famílias e a capacidade de competir das empresas”.
O chefe de governo quer concluir as negociações do acordo de competitividade e rendimentos com os parceiros sociais antes da apresentação da proposta de Orçamento do Estado, no próximo dia 10 de outubro. “Estamos a negociar e a fazer um esforço muito grande com os parceiros sociais, para podermos fechar um acordo sobre a competitividade e rendimentos, gostaríamos muito de concluir este acordo ainda antes da apresentação do Orçamento, para que o Orçamento já possa ter incluídas as medidas previstas nesse acordo”, afirmou.
Sobre o discurso de Marcelo Rebelo de Sousa nas cerimónias do 5 de Outubro, Costa afirmou que ” a mensagem do Presidente da República foi muito importante para o país, a sinalizar os tempos de enorme incerteza que temos vivido, tempos de grande exigência, uma pandemia, agora uma guerra, inflação como não tínhamos há 30 anos, estamos hoje numa situação que felizmente não tem comparação com aquilo que era há cem anos”.
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