//António Costa: Investimento do PRR no Metro do Porto não fica na empresa, serve as pessoas

António Costa: Investimento do PRR no Metro do Porto não fica na empresa, serve as pessoas

O primeiro-ministro, António Costa, salientou hoje que os investimentos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) no Metro do Porto não ficam na empresa, sendo sim um investimento num serviço público para as pessoas que frequentam a cidade.

“Quando se diz que grande parte do dinheiro do PRR vai para instituições públicas, é preciso perceber que o dinheiro que chega ao Metro do Porto não fica no Metro do Porto. Traduz-se em investimento para todos aqueles que vivem, trabalham ou visitam o Porto”, disse hoje António Costa.

O primeiro-ministro falava na estação de metro da Casa da Música numa cerimónia de apresentação dos novos veículos CT do Metro do Porto, que começaram hoje a operação comercial, numa viagem inaugural que contou também com a presença dos ministros do Ambiente (Duarte Cordeiro), das Finanças (Fernando Medina), da Presidência (Mariana Vieira da Silva), bem como do presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, e da Metro do Porto, Tiago Braga.

“Portanto, o investimento do PRR na Metro do Porto não é um investimento numa instituição pública, é um investimento num serviço público de transporte que é prestado a todos os cidadãos que vivem aqui na cidade do Porto”, vincou o primeiro-ministro.

Para António Costa, o momento hoje assinalado com a entrada ao serviço de novas composições, tal como o “investimento que foi feito com a criação do passe único, demonstra bem” que para se transformar “o paradigma de mobilidade (…) não basta estender rede, é preciso que cada um dos utentes sinta que o preço é mais acessível” e que “a viagem é mais cómoda”.

O primeiro-ministro pediu ainda a “compreensão de todos por obras que são necessariamente incómodas, mas que depois darão muitos e muitos anos de melhor qualidade de vida”.

Há investimentos que são PIN há quase 20 anos

Os 18 veículos CT do Metro do Porto foram contratados à CRRC Tangshan, uma empresa chinesa, totalizando um investimento de 49,6 milhões de euros, financiado pelo POSEUR (Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos) e pelo Fundo Ambiental.

A viagem comercial inaugural realizou-se quase um ano depois da chegada do primeiro veículo a Portugal, mais concretamente às oficinas da Metro do Porto em Guifões, em Matosinhos.

Na cerimónia de hoje na Casa da Música, após uma viagem desde a estação da Trindade, discursaram ainda o presidente da Metro do Porto, da Câmara do Porto, e o ministro do Ambiente e da Ação Climática.

O ministro do Ambiente salientou que o objetivo dos novos veículos “é reforçar a oferta de serviços, em particular tendo em conta o que é a expansão da rede do Metro do Porto” nas linhas Amarela (Santo Ovídio – Vila d”Este) e Rosa (São Bento – Casa da Música).

“Além deste projeto, desta renovação, também já temos autorizada a compra de mais 22 veículos para a Metro do Porto, um investimento de 74 milhões de euros”, recordou o governante.

O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, destacou que os novos veículos “têm uma enorme capacidade de conforto”, com “mais portas, mais acessos, mais capacidade”, sendo “uma resposta necessária a uma crescente procura”.

“Percebemos muitas vezes o desespero de alguns dos nossos munícipes porque veem obras e não conseguem chegar ao trabalho, mas devem-se recordar que, no fim, lá no final, quando tivermos esta rede preparada e completa, vai ser, seguramente, um ganho enorme para a população, para o futuro da nossa cidade”, disse.

Já o presidente da Metro do Porto, Tiago Braga, assinalou que no final do ano se atingirá “praticamente 80 milhões de clientes”, acima do recorde de 2019 (76 milhões), antes da pandemia de covid-19.

Tiago Braga assinalou ainda que a Metro do Porto está “a poucos dias de iniciar a operação de construção da Linha Rubi”, entre a Casa da Música e Santo Ovídio (incluindo uma nova ponte sobre o Douro), um investimento financiado precisamente pelo PRR, com um custo estimado de 435 milhões de euros.

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