
O Governo mantém todas as previsões sobre a evolução da economia. O primeiro-ministro diz que o superavit previsto pelo Banco de Portugal e Conselho de Finanças Públicas são otimistas.
António Costa garantiu, esta quinta-feira à noite aos jornalistas, que vai manter as previsões conservadoras, mas com uma “bicada” às recentes posições daquelas duas instituições sobre os números do Governo nos últimos anos.
“Eu sempre me interroguei quando é que seria o momento em que assistiríamos ao Conselho das Finanças Públicas e o governador do Banco de Portugal a serem mais otimistas que o Governo. Acho que esse dia chegou hoje”, atirou o primeiro-ministro.
As duas instituições estão “mais otimistas quer quanto ao resultado da execução orçamental quer quanto ao crescimento da economia”, destaca.
“Pela nossa parte mantemos a nossa previsão conservadora e esperamos que o otimismo do Conselho das Finanças Públicas e o senhor governador se aproximem mais da realidade do que o pessimismo que no passado manifestaram”, sublinha António Costa.
António Costa falava à entrada da reunião da comissão política do PS, na sede do partido, no Largo do Rato, em Lisboa, para analisar os resultados eleitorais de domingo e para apresentar os primeiros dados sobre as reuniões com os diversos partidos com vista a um acordo alargado no Parlamento.
O Governo deverá apresentar contas positivas até 2023, de acordo com previsões do Conselho das Finanças Públicas na atualização do cenário macroeconómico para os próximos quatro anos, sem considerar novas medidas políticas que sejam adotadas na próxima legislatura.
Segundo o organismo liderado por Nazaré Costa Cabral, já este ano Portugal deverá atingir um excedente orçamental de 0,1% do PIB, o que antecipa num ano a previsão do Governo para a eliminação dos desequilíbrios orçamentais.
Por seu lado, o Banco de Portugal projeta um crescimento de 2% para 2019, um número ligeiramente mais otimista do que a meta traçada pelo Governo, de 1,9%, mas um abrandamento face aos 2,4% conseguidos em 2018.
A atualização da projeção de crescimento para a economia portuguesa consta do Boletim Económico de outubro, publicado esta quinta-feira – em junho, o crescimento previsto para este ano era de 1,7%.
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