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Espero que o networking e a energia criativa destes dias tenha servido de inspiração para não desistirem dos vossos sonhos”. Foi com esta mensagem de incentivo que António Costa Silva iniciou o seu discurso ontem, no encerramento da Web Summit..O Ministro da Economia e do Mar destacou o crescimento do ecossistema empreendedor nacional, recordando que o país foi representado nesta edição por 315 startups de ADN português, de um universo de 4000.
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O governante recordou igualmente que a capacidade de atração de capital de risco aumentou 25 vezes nos últimos sete anos, tendo atingido 1,5 mil milhões de euros em 2021. “As empresas tecnológicas do país valem hoje 40 mil milhões e, se olharmos para as 20 empresas mais valiosas de Portugal, sete delas são tecnológicas e não existiam há seis ou sete anos”.
Em Portugal ninguém está acima da lei
Aos investidores, o ministro quis ainda deixar uma mensagem de estabilidade e de segurança. Reconhecendo que o país está a passar por uma crise política, Costa Silva garantiu que Portugal é “muito estável, e que ninguém está acima da lei”. Deixa, por isso, um convite ao investimento destacando que o Governo está a aperfeiçoar a lei das startups que considera “muito competitiva”. Este ano, recorda, a alteração à lei permitiu reduzir impostos, nomeadamente na tributação das stock options oferecidas a trabalhadores, administradores e fundadores. “Estamos a corrigir o Orçamento do Estado (OE) para alterar também o regime de não residentes e englobar os trabalhadores das startups para tornarmos o país mais competitivo”, reforçou.
Este incentivo fiscal à investigação científica e inovação vai ser acessível às pessoas que, não tendo sido residentes em Portugal nos cinco anos anteriores, se tornem cá fiscalmente residentes e ocupem postos de trabalho “em entidades certificadas como startups” nos termos da lei. Esta alteração prevê também que estas pessoas possam beneficiar, durante dez anos, de uma taxa de IRS de 20%.
Web Summit como rampa de lançamento
No último dia da mostra tecnológica foi tempo de premiar as startups mais promissoras. O vencedor do melhor pitch entre 75 empresas finalistas, escolhidas a partir das 2600 participantes, foi a brasileira Inspira que se propõe a reformular o sistema jurídico, utilizando a inteligência artificial. Kinderpedia e Cognimate completaram o pódio final que este ano não contou com a presença de nenhuma startup portuguesa. Ainda assim, entre as 75 que subiram ao palco para apresentar os seus pitchs ao longo de três dias, 15 eram de origem nacional.
Já no programa “Road 2 Web Summit”, promovido pela Startup Portugal, em parceria com a Galp e a Web Summit, participaram 115 startups de todo o país. A “mais promissora” foi a Ethiack, uma plataforma que visa diminuir o fosso entre as novas tecnologias criadas e a segurança, que levou para casa 15 mil euros. As restantes vencedoras, que receberam cinco mil euros cada, foram a Jupiter App, que apresenta uma solução para combater a burocracia através da transformação do sistema fiscal para trabalhadores freelancers, e a Actif, que se dedica a promover uma solução para ajudar os idosos a combater o sedentarismo.
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