//Ao quarto dia de discussão finalmente são votadas matérias mais complexas

Ao quarto dia de discussão finalmente são votadas matérias mais complexas

Novo apoio extraordinário, majoração do subsídio social de desemprego, tempo de desconto para aceder ao subsídio de desemprego, subsídio de penosidade e insalubridade ou taxa de carbono.

São algumas das propostas mais complexas ainda em discussão e que serão votadas esta quarta-feira na Comissão de Orçamento e Finanças, depois de terem sido empurradas sucessivamente. Algumas desde o primeiro dia de votações na especialidade, na passada sexta-feira, dia 20 de novembro.

Novo apoio social

A medida mais complexa e cujas negociações estão a ser feitas quase ao minuto é o novo apoio social extraordinário proposto pelo PS. O Orçamento do Estado para 2021 criou o apoio extraordinário ao rendimento dos trabalhadores, que se destina a quem perca o subsídio de desemprego a partir de janeiro do próximo ano, a quem fique sem trabalho e não tenha proteção social ou a quem tenha uma quebra considerável dos rendimentos. O PS apresentou uma proposta de alteração para alargar a prestação aos sócios-gerentes e a mais beneficiários. O custo passou deverá ser de 633 milhões de euros, abrangendo 250 mil pessoas.

Salários do lay-off a 100%

A proposta de alteração foi apresentada pelo PS e alterada já durante a fase da especialidade para que todos os trabalhadores que se encontrem em lay-off recebam, em 2021, o salário por inteiro. Em causa estão os trabalhadores no chamado lay-off tradicional (previsto no Código do Trabalho), no lay-off tradicional (que ainda se aplica às empresas ou estabelecimentos encerrados por ordem legal, como as discotecas e os bares) e os casos em que as empresas acederam ao apoio à retoma progressiva. A votação desta norma foi sendo adiada e não passará desta quarta-feira.

Tempo de descontos para subsídio de desemprego

É mais uma das matérias que afasta Governo e esquerda, em concreto o Bloco que ainda esta quarta-feira se dirigiu ao PS para que não “seja o guardião das políticas de direita”, afirmou o deputado bloquista Pedro Filipe Soares. O PCP e o BE pretendem reduzir o período de descontos – o chamado prazo de garantia – para que mais trabalhadores possam aceder à prestação social.

Majoração do subsídio social de desemprego

A proposta do Governo mantém a majoração de 10% em vigor para os casos em que os dois membros do casal estejam desempregados e também para as famílias monoparentais. O PCP e o BE querem aumentar este aumento, com os comunistas a apontarem para um reforço de 25%.