//APB “desconhece e não compreende” taxa adicional sobre banca

APB “desconhece e não compreende” taxa adicional sobre banca

A APB-Associação Portuguesa de Bancos afirmou esta segunda-feira que “desconhece e não compreende que razões podem justificar a aplicação de uma contribuição de solidariedade apenas sobre o setor bancário”.

É a reação da representante do setor da banca à intenção do Governo de arrecadar 33 milhões de euros para os cofres públicos através da criação de uma contribuição adicional de solidariedade sobre os bancos.

A medida consta do Programa de Estabilização Económica e Social, publicado em Diário da República no sábado à noite e visa a criação de um adicional de solidariedade sobre o setor bancário, no valor de 0,02 pontos percentuais, “cuja receita é adstrita a contribuir para suportar os custos da resposta pública à atual crise”.

“Qualquer taxa de solidariedade, a ser necessária, não deveria incidir precisamente sobre o setor que, quer no presente, onde vem apoiando decisivamente famílias e empresas, mas essencialmente no futuro, tem um papel determinante na recuperação da atividade económica”, refere a APB num comunicado divulgado esta segunda-feira.

Destaca que “não deveria, ainda, deixar de se ter em consideração que o sistema bancário, em consequência da brutal recessão provocada pela pandemia e do aumento do incumprimento do crédito que sempre ocorre nessas circunstâncias, poderá ser um dos setores mais afetados”.

Sublinha ainda que “perante o atual contexto, a saúde financeira da banca tem que ser preservada, não devendo ser criados mais entraves à capacidade dos bancos financiarem a economia e serem competitivos no espaço europeu”.

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