//Apetite pelo risco ou conservadores? Como são os investidores portugueses?

Apetite pelo risco ou conservadores? Como são os investidores portugueses?

Há um equilíbrio nos perfis de risco dos investidores portugueses, segundo um inquérito feito pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Nos primeiros resultados desse estudo, o supervisor dos mercados financeiros indica que 36% dos investidores “dizem ser avessos ao risco, 28% são neutros e 38% afirmam ser propensos ao risco”.

Apesar de mais de um terço dos investidores afirmar ser cauteloso, as ações são presença comum nas carteiras de investimento. “Em 2018 verificou-se que cerca de 84% do total de inquiridos detinham ações”, revela a instituição liderada por Gabriela Figueiredo Dias. A CMVM refere ainda que “15% dos investidores detêm valores mobiliários que representam menos de 10% do seu património e 19% dos investidores detêm valores mobiliários que representam mais de 50% do seu património”.

No que diz respeito à literacia financeira, a CMVM indica que “cerca de 16% dos investidores inquiridos têm fracos conhecimentos sobre matérias de natureza financeira”. E “37% dos investidores têm melhores conhecimento financeiros do que aqueles que acreditam ter”.

E os investidores que afirmam terem conhecimentos superiores à média da população acabam por ter tendência para mostrar “enviesamentos comportamentais no investimento”. Exemplo disso é a conclusão que este tipo de investidores, e também os que participam em ofertas iniciais de moeda (ICO), têm “tendência para manter ações perdedoras no portfolio por tempo demais”.

As conclusões da CMVM surgem de um inquérito com 48 perguntas, realizado entre 18 de junho e 6 de agosto deste ano, com respostas de mais de 2.300 participantes.

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