Chama-se Color You e é uma aplicação que pretende integrar e facilitar o quotidiano das pessoas daltónicas. Esta app, criada por um grupo de jovens do Instituto dos Pupilos do Exército, foi a vencedora do 1.º Prémio da 5.ª edição do Apps for Good. A final decorreu na sexta-feira, na Fundação Calouste Gulbenkian.
A aplicação pretende ser uma ferramenta de integração para as pessoas daltónicas, divulgando o alfabeto das cores desenvolvido pela ColorADD. “Pretendemos ainda habilitar a app com informação dos vários tipos de daltonismo, bem como testes de despiste e ainda a introdução de um conjunto de curiosidades ligadas à forma como os daltónicos veem e interagem com o mundo”, explicou a equipa, aquando do encontro regional em Oeiras, em julho.
O segundo e terceiro lugares do ensino secundário foram atribuídos, respetivamente, a Coursly, do Agrupamento de Escolas de Padrão da Légua, que pretende ajudar os alunos do secundário a escolher o curso superior mais adequado, e a Polumap, da Escola Secundária Serafim Leite, que permite identificar os locais onde existe poluição.
Na categoria do ensino básico, o primeiro lugar foi para a Must Be Green da Escola Levante da Maia, uma aplicação para encontrar empresas que limpem terrenos, seguindo-se a Rescue Pets do Agrupamento de Escolas de Saboia, para ajudar a intervir em situações de abandono de animais, e a Only Heal da Escola Levante da Maia, que consiste numa plataforma que liga utentes e farmacêuticos.
Leia também: Competição desafia os mais novos a criarem ‘apps’ que mudem o mundo
O Prémio do Público foi atribuído à aplicação SOS Adolescência, do Externato da Apresentação de Maria, que ajuda adolescentes com problemas sociais, e o Prémio Jovem Aluna.PT, patrocinado pelo .PT, foi atribuído a Rita Polido da Must Be Green.
O Prémio Tecnológico, patrocinado pela Fujitsu, foi entregue à aplicação AEEG Alugin, da Escola Secundária de Santarém, que permite alugar ou alterar online aluguer de gimnodesportivos, enquanto o Prémio Cooler Planet, patrocinado pelo BNP Paribas para as soluções direcionadas para a melhoria do ambiente, foi entregue à aplicação Invasoras CV, da Escola Secundária D. Dinis, que pretende combater as plantas invasoras.
A grande final contou com 22 equipas que demonstraram o trabalho desenvolvido ao longo do ano letivo, apresentando as suas ideias que visam solucionar problemas reais. As equipas foram selecionadas pelo júri durante quatro encontros regionais que se realizaram entre junho e julho nos açores, Valongo, Oeiras e Madeira.
“Todas as aplicações criadas nesta competição pretendem impactar a sociedade para melhor e permitir que os jovens se sintam capazes de mudar o mundo. A tecnologia deve ser um meio, e não apenas um fim, para a resolução de problemas e de causas sociais e o Apps for Good desenvolve as capacidades críticas, criativas e empreendedoras dos jovens”, afirmou João Baracho, diretor executivo do CDI Portugal.
O evento final contou com a presença de Isabel Alçada, consultora para os Assuntos da Educação da Casa Civil e em representação de Sua Excelência o Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa, do Diretor-Geral da Educação, José Vítor Pedroso, do Administrador Executivo da Fundação Calouste Gulbenkian, Guilherme d’Oliveira Martins e ainda de Natalie Moore do Apps for Good UK, para além de outras personalidades e membros da Direção do CDI Portugal.
Deixe um comentário