Partilhareste artigo
Armindo Monteiro foi eleito esta quinta-feira presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) com 87% dos votos. O empresário sucede, assim, a António Saraiva, que está aos comandos da confederação desde 2010. Em comunicado, a CIP sublinha “a participação massiva na eleição que escolheu os órgãos sociais da CIP para os próximos quatro anos”, considerando que “confirma a força e a dinâmica do movimento associativo empresarial”.
Relacionados
Armindo Monteiro apresentou-se nestas eleições aos órgãos sociais da CIP com o programa “A Força da Economia é a Força de Portugal”, que, diz na nota à imprensa, ” transmite uma mensagem clara ao Governo: depois da assinatura de um acordo de concertação social, em setembro do ano passado, classificado como histórico pelo primeiro-ministro, as políticas públicas que estão a ser concretizadas não só ficam aquém das necessidades do país, como provocam um atrito contraproducente, expondo as empresas e os trabalhadores a um risco económico desnecessário”.
A CIP diz que o Governo e os partidos políticos têm de reconhecer “o papel central das empresas” para a coesão social e o crescimento económico, acrescentando “que é preciso ter uma ação estrutural sobre a economia, não apenas gerir o imediato, como tem acontecido demasiadas vezes”.
Mais do que isso, a CIP diz que “não é possível negociar com as empresas os aumentos salariais para o setor privado e, à margem, alterar a legislação laboral sem avaliar os custos e os impactos reais de competitividade que terão na economia nacional”, referindo-se à Agenda para o Trabalho Digno – já aprovada e que aguarda a publicação em Diário da República para entrar em vigor -, que inclui medidas contestadas pelos patrões.
Citado no comunicado, Armindo Monteiro afirma que o “compromisso para este mandato é muito claro: defender o progresso de Portugal através da plena participação das empresas no esforço coletivo de transformação económica, desenvolvimento social e reforma do Estado, como instrumento de promoção do bem-estar e da coesão social. O nosso país tem de estar focado nos desafios. Não pode perder mais tempo em discussões ideológicas estéreis afastadas dos problemas reais das pessoas e das empresas. Não há tempo a perder. As empresas farão a sua parte, compete ao poder político eleito fazer a sua. A CIP contribuirá com sugestões, abertura negocial e vigilância democrática.”
Subscrever newsletter
A CIP representa 150 mil empresas cujo volume de negócios tem um peso de 71% no PIB, e que empregam 1,8 milhões de trabalhadores.
Deixe um comentário