//Arrendamento de escritórios cai 29% na Grande Lisboa e 17% no Grande Porto em 2020

Arrendamento de escritórios cai 29% na Grande Lisboa e 17% no Grande Porto em 2020

As áreas arrendadas para escritórios em 2020 diminuíram 29% na Grande Lisboa e 17% no Grande Porto, prevendo a ​​​​​​​Cushman & Wakefield uma manutenção do abrandamento da procura este ano, com “início de recuperação” no segundo semestre.

De acordo com os dados do Marketbeat Portugal divulgados esta terça-feira pela consultora imobiliária, a absorção no mercado de escritórios da Grande Lisboa ficou-se em 2020 pelos 137.900 metros quadrados (m2), enquanto no Grande Porto se fixou nos 53.900 m2, tendo a taxa de desocupação se situado nos 4,9% e 8,0%, respetivamente.

O estudo semestral da Cushman & Wakefield, que analisa a atividade dos setores de escritórios, retalho, industrial, residencial e hoteleiro e a atividade de investimento imobiliário em Portugal, aponta ainda que, no ano passado, foram concluídos 34.400 m2 de escritórios na Grande Lisboa e 58.800 m2 no Grande Porto, sendo a oferta futura naquelas duas zonas de 384.700 m2 (dos quais 168.700 m2 já com construção iniciada) e de 76.500 m2 (dos quais 47.600 m2 já iniciados), pela mesma ordem.

A renda ‘prime’ situou-se nos 23 euros por m2 na Grande Lisboa e nos 18 euros/m2 no Grande Porto.

Na base desta evolução está a “incerteza sobre o real impacto” do teletrabalho na ocupação de escritórios, prevendo-se que venha a ser implementada uma “configuração híbrida” e que o ‘coworking’ venha a assumir um “interesse renovado”.

Ainda assim, o estudo aponta para a “sustentabilidade do volume atualmente em construção” no segmento de escritórios, com “resiliência das rendas ‘prime'” e alguma “pressão sobre valores médios”.