
O atual representante da Fundação La Caixa em Portugal participou, na noite de sexta, na sessão de abertura do Festival Literatura em Viagem (LEV) onde defendeu que Portugal não pode viver sem disciplina financeira.
Em Matosinhos, o antigo banqueiro fez uma viagem pela história da sua vida e de Portugal. Sobre o presente deixou várias considerações.
Em ano de eleições, Santos Silva traça como desígnio nacional o combate à desigualdade. O antigo administrador da Gulbenkian diz, contudo, que tem de haver rigor financeiro, mas é preciso apostar no investimento público na saúde e educação.
“Temos de aumentar muito o investimento privado e concretizar investimentos públicos em áreas como a saúde e educação. Também temos que demonstrar que democracia, crescimento financeiro e rigor financeiro são compatíveis. Não podemos pensar que vamos viver sem disciplina financeira. Temos de interiorizar isso”, sublinha.
Artur Santos Silva que fez uma viagem pelas memórias do seu país e da sua vida, recordou o que aconteceu na banca depois da passagem da troika.
“Depois da troika sair o que se passou no sistema bancário foi uma vergonha. Houve muito poucas instituições que tenham sido dirigidas com regras corretas e isso teve efeitos enormes sobre muitas poupanças e sobre os custos que todos tivemos que suportar por essas atuações fraudulentas e muito negativas”, disse durante o Festival LEV, que decorre em Matosinhos até domingo.
Deixe um comentário