//As histórias de quem criou empresas quando o país ficou fechado em casa

As histórias de quem criou empresas quando o país ficou fechado em casa

Rastrear dados fisiológicos

Por fim, na capital, há cerca de dois anos, que quatro alunos da Faculdade e Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL) desenvolviam um projeto para curar fobias através de realidade virtual e realidade aumentada. Mas o novo coronavírus baralhou tudo e obrigou-os a reinventarem-se. Apareceu a Nevaro que viu no vírus o propulsor para arrancar.

O objetivo do grupo de quatro alunos da FCUL era tratar fobias, como a ajuda da biomédica e da gamificação.

Já havia testes a serem feitos em hospitais, mas a pandemia suspendeu-os num ápice. Não se perdeu tudo, transformou-se. Foi exatamente o trabalho que estavam a fazer que lhes permitiu perceber o que é que na área de saúde era necessário quando a Covid-19 chegou, e acelerar para (finalmente) constituírem uma empresa.

Houve um momento de reflexão sobre o que fazer. Não pararam, adaptaram. “Tivemos de nos reinventar e adaptamos a plataforma que estava a ser utilizado no Hospital da Luz para a aquisição dos sinais fisiológicos para outro propósito”, lembra Rita Maçorano, de 23 anos.

Uma app que nasce da pandemia

O grupo começou a perceber, através de entrevistas a pessoas da área da saúde, que havia uma necessidade para colmatar: monitorizar o quadro sintomatológico da Covid-19. O passo seguinte foi reajustar a plataforma para registar sinais vitais e indicadores do vírus: a temperatura, a tosse, e a capacidade respiratório.

“Adaptamos a plataforma e criámos a Nevarforcovid”, concretiza. Tudo num curto espaço de tempo, “porque a necessidade era emergente”. De repente foi necessário criar uma empresa, e tornar tudo mais formal. A isso obrigava a necessidade de proteger a plataforma com os protocolos necessários de proteção de dados.

Na calha, está já outra ideia. O stress provocado pelo intenso trabalho para arrancar com uma nova empresa, e as dificuldades do trabalho remoto que obrigaram a várias horas de trabalho, e fizeram com que alguns elementos da equipa começassem a dar sinais de esgotamento. Mas o que podia ser só um problema, levou estes jovens a procurar uma solução. E essa foi o aparecimento de uma segunda aplicação: a Holly.

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